A comissão da reforma tributária da Câmara vai voltar a se reunir nesta quinta-feira (16) às 10h de forma remota pela primeira vez após o início da pandemia. Apesar de não ter sido possível retomar as discussões da comissão mista, com deputados e senadores, deputados esperam contar com a presença de senadores para que a discussão ocorra de forma conjunta.
A retomada dos trabalhos na Câmara acontece em meio a discordâncias entre o governo e o Congresso sobre assuntos tributários. O governo ainda não enviou a sua proposta de reforma tributária e assessores da Economia têm falado à imprensa que a ideia é enviar uma proposta de imposto sobre transações digitais, ou imposto sobre pagamentos, que o governo se recusa a chamar de nova CPMF, para bancar a ampliação da desoneração sobre a folha de pagamentos das empresas.
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Na semana passada, o governo vetou a ampliação da desoneração de 17 setores da economia para dezembro de 2021 que havia sido aprovada pelo Congresso, sinalizando que enviaria outro texto. O presidente da Câmara, no entanto, Rodrigo Maia (DEM-RJ) já falou em diversas entrevistas que não há votos no Congresso para aprovar a criação de um novo imposto.
A proposta de reforma tributária da Câmara, a PEC 45, prevê a unificação de cinco impostos inspirado em sistemas utilizados em outros países, que reúnem em um único imposto sobre valor adicionado (IVA) toda a tributação sobre o consumo, com uma alíquota uniforme.