O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres, negou nesta sexta-feira (13) interferência política na instituição e informou que será realizada uma missão de inspeção das farmacêuticas Sinovac e Aztrazenica, que produzem imunizantes contra a covid-19.
“Não existe interferência política na agência. A Anvisa também não vai fazer comentários sobre a política nacional de imunização e como o governo federal e os estaduais atuam nesse sentido”, afirmou Torres.
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A Anvisa suspendeu os estudos técnicos da CoronaVac, imunizante produzido pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, na última segunda-feira (9), após um ‘evento adverso grave’. No entanto, dois dias depois, na quarta-feira (11), a agência liberou a retomada do imunizante.
O presidente da agência argumentou que a suspensão da CoronaVac não foi liberada por ele nem pela diretora Alessandra Bastos. “Mas sim da comissão interna formada por 18 especialistas e a decisão foi soberana para manter a questão técnica”, disse Torres.
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Dois servidores partiram nesta sexta-feira (13) para a China, onde vão ficar por 14 dias em quarentena. Após o isolamento, uma missão de inspeção nas instalações da Sinovac e Aztrazenica será feita. O objetivo, de acordo com o presidente da Anvisa, é verificar o cumprimento de boas práticas de fabricação nas instalações.