O Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial da Fazenda, informou nesta quinta-feira (2) que o déficit primário do setor público será de R$ 828,6 bilhões em 2020, equivalente a 12% do PIB (Produto Interno Bruto).
A pasta considerou uma retração de 6,5 para o PIB. Para atingir o equilíbrio fiscal, o governo afirma que é “imprescindível” a continuidade da agenda de reformas (tributária, novo marco legal do trabalho, pacto federativo, privatizações e concessões, marcos legais, lei de falências e recuperação judicial e autonomia do Banco Central).
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O ministério argumenta que o impacto das medidas de combate ao novo coronavírus é de R$ 521,3 bilhões, ante R$ 417,7 bi.
Os valores de R$ 521,3 bilhões incluem receitas (R$ 12,8 bi) e despesas (R$ 508,5 bi). Das despesas, R$ 501,1 bi são em execução orçamentária, R$ 0,5 bi sem dotação orçamentária e R$ 0,7 bi, sem ato autorizativo.
Dessa forma, o Brasil fica atrás de Japão (21,1%), Áustria (13%), Suíça (10,4%), Islândia (6,9%), Alemanha (9,0%) e Eslovênia (8,9%). O país, por outro lado, terá um impacto na produção maior que os Estados Unidos (6,9%), Nova Zelândia (6,7%) e Dinamarca (6,4%), por exemplo.
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Considerado o tombo de 6,5 do PIB, a pasta tem a expectativa de que a dívida bruta subirá a 98,2% do PIB ao fim de 2020.