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Guedes fechou interlocução com Maia por divergência na tributária

Fontes alegam questões práticas, mas confirmam que há divergências entre ministro e presidente da Câmara sobre a reforma dos impostos 

R7 Planalto|Thiago Nolasco, da Record TV, com Mariana Londres

Guedes fechou interlocução com Maia por divergência na tributária
Guedes fechou interlocução com Maia por divergência na tributária Guedes fechou interlocução com Maia por divergência na tributária

O ministro da Economia, Paulo Guedes, interrompeu a interlocução com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por questões práticas. "Nada pessoal, apenas funcional", disse uma fonte do ministério da Economia. Outro motivo foram divergências em relação a pontos da reforma tributária, que teve hoje o pedido de urgência retirado pelo presidente Bolsonaro

A crise entre Guedes e Maia foi tornada pública ontem (3), na entrega da reforma administrativa. Além de Guedes não estar presente - o texto foi entregue pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, e pelos líderes do governo no Congresso- Maia deu entrevistas após a solenidade dizendo que a interlocução com Guedes tinha acabado. Disse que o ministro havia cancelado, na véspera, um almoço em que o presidente da Câmara receberia secretários, o que mostrava o final da relação insititucional entre eles. 

A decisão de Guedes de interromper a interlocução, tem dois motivos, segundo fontes. O primeiro é que o ministro avalia que agora a interlocução com Maia deve ser feita pelos líderes do governo, parlamentares do Centrão, a nova base de apoio do presidente no Congresso. 

O segundo motivo é que o ministro quer evitar pressões para repasses da União para Estados e municípios, como aconteceu na crise da Saúde, quando a União teve que bancar as perdas de arrecadação dos Estados e Municípios no chamado "socorro emergencial"

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Maia articula junto a secretários de Fazenda dos Estados a recriação de um fundo regional para os Estados com recursos de impostos. Isso estaria dentro da reforma tributária, em discussão no Congresso. Parte dos valores arrecadados pelo novo IVA (Impostos de Valor Agregado), ou IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), abasteceria esse novo fundo. 

O governo federal é contra. Prefere que os recursos para o fundo venham do Pré-Sal. "Não podemos recriar outra lei Kandir. Já existem muitos fundos de desenvolvimento regional. Estamos protegendo as futuras gerações", são argumentos de integrantes da equipe econômica. 

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O almoço a que Maia se referia como estopim do fim da relação com Guedes, cancelado pelo ministro na quarta-feira (2), reuniria secretários da Economia e o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), aliado de Maia, na residência oficial da Câmara, para discussão de pontos da reforma tributária.

Após o cancelamento, e o mal-estar vísivel de Maia com a situação, o presidente da Câmara foi até Recife (PE), na quinta-feira (3) para uma reunião com secretários de Fazenda do Nordeste para discutir a criação de um fundo regional, o que o ministério da Economia quer evitar. 

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