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Rigoni sugere incluir "follow the money" no PL das Fake News 

Deputado, cotado para relatar o projeto na Câmara, defende criação de mecanismo para descobrir financiamento de redes de notícias falsas

R7 Planalto|Mariana Londres, de Brasília

Rigoni sugere incluir "follow the money" no PL das Fake News
Rigoni sugere incluir "follow the money" no PL das Fake News Rigoni sugere incluir "follow the money" no PL das Fake News

Cotado para ser relator do PL das Fake News na Câmara, o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) trabalha no texto aprovado pelo Senado e conversa com deputados, para viabilizar a aprovação na Câmara. Além dele, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) também é cotado para a relatoria. 

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Co-autor da proposta original, antes das mudanças feitas no Senado, Rigoni defende cinco ajustes para o aperfeiçoamento do PL de Combate às Fake News, que ele já enviou como sugestões ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Um dos pontos é a inserção de mecanismos "follow the money", ou seja, que identifiquem de onde vem o financiamento da propagação de Fake News. Esse mecanismo pode ser, por exemplo, a tipificação do crime do uso de contas inautênticas de forma organizada para obtenção de ganho econômicos e/ou políticos.

"Hoje você não tem durante investigação como tipificar o crime de uma organização que financie redes para crimes na internet. Isso dificulta as investigações". 

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O deputado, que tem conversado com os colegas, acredita na aprovação na Câmara se a Casa focar nos pontos em que há convergência entre os deputados, e deixar de fora os mais polêmicos. 

"A lei, se bem feita, ajuda muito, inclusive na liberdade de expressão".

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Os pontos em que já há convergência são os seguintes: follow the money, a identificação de robôs que se comportam como gente mas não são, e a transparência das plataformas sobre impulsionamento e moderação de conteúdo. 

Rigoni lembra que aprovação de uma lei sobre as Fake News tem apoio de 80% da população, segundo pesquisas e por isso defende um texto viável. Em cerca de um mês ele acredita que haja consenso entre os deputados para votar a matéria. 

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Veja abaixo as cinco sugestões feitas pelo deputado: 

1. Inserção de mecanismos de "follow the money" para identificar e coibir organizações criminosas que atuam na produção e disseminação de fake news profissionais. Também alguma previsão criminal para uso malicioso de robôs e contas falsas.

2. Retirada da possibilidade de identificação a partir de denúncia, reservando o recurso apenas à determinação judicial. Uma guerra de falsas denúncias poderia forçar uma identificação em massa dos usuários.

3. Exclusão do artigo que exige a desabilitação de contas de usuários que tenham seus contratos com empresas de telecomunicação encerrados. Não há viabilidade técnica para a proposta, que também fere a privacidade.

4. Exclusão dos parágrafos 5 e 6 do artigo 12, que colocam em risco a livre manifestação de ideias e mudam o regime de responsabilidade das plataformas.

5. Diminuição do volume de dados armazenados para rastreabilidade em serviços de mensageria privada. A proposta é exagerada e deveria funcionar no mesmo modelo da lei de escuta telefônica, sob determinação judicial.

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