O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou nesta quinta-feira (26) que “acordou perplexo” com as declarações dadas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre as medidas adotadas no Estado para conter o avanço do coronavírus.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (25), Mandetta classificou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao pedir que governadores se preocupem com efeitos econômicos da quarentena como importante. A medida, por sua vez, foi avaliada pelo ministro como “assimétrica”.
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Segundo Mandetta, alguns estados saíram de isolamento zero para “decretação de lockdown em paralelo, como se estivéssemos todos em franca epidemia”, ao ponderar que a situação é diferente em cada unidade da federação – todos os Estados mais Distrito Federal decretaram quarentena.
Witzel aponta que o ministro contraria suas próprias declarações anteriores ao criticar a medida. “Mandetta dá um tom político, que não cabe nesse momento. Sigo agora o nosso secretário de saúde e as orientações da OMS”, escreveu em sua conta no Twitter.
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“E só vamos reavaliar nossas medidas no dia 4 de abril, ouvindo análise da curva do vírus, feita pelo dr. Edmar (secretário estadual de saúde do RJ) e os epidemiologistas”, acrescentou.