'Ar engarrafado não existe': importância de políticas públicas e cuidados em tempos de seca

Em entrevista à RECORD NEWS nesta quinta-feira (5), o médico e patologista Paulo Saldiva, membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tislogia, discutiu os cuidados em tempos de seca e fumaça. Segundo ele, o uso de máscaras pode ajudar, assim como a hidratação adequada, uma vez que a secura "prejudica os mecanismos das vias aéreas" na remoção de partículas nocivas dos pulmões. Saldiva recomendou a inalação entre 10h e 16h, nos períodos de menor umidade, e sugeriu o uso de soro fisiológico nos olhos e a umidificação dos ambientes com panos molhados para bloquear a entrada da fumaça.

Ele destacou a necessidade de atenção especial com crianças e idosos, observando sinais como "chiados" no peito. "Os níveis de poluição estão absurdamente altos", lamentou o médico, alertando que, ao contrário da água, que pode ser substituída por mineral em momentos de contaminação, "o ar engarrafado ainda não existe". Para ele, a purificação do ar depende de políticas públicas eficazes.