Uma cliente de uma farmácia em Magé, na Baixada Fluminense, registrou uma queixa na 65ª DP (Magé), nesta quarta-feira (25), após relatar ter sofrido ameaças por fazer uma denúncia sobre o preço abusivo na venda de álcool em gel, produto essencial no combate ao novo coronavírus.
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O caso levou o Procon do município a interditar o estabelecimento por tempo indeterminado no início da tarde. A farmácia tem um prazo de 10 dias para recorrer da decisão.
Em entrevista ao vivo ao Balanço Geral RJ, a cliente, que se identificou como Luisa, disse que se sentiu prejudicada ao comprar um frasco do produto, de cerca de 300 ml, de marca desconhecida por R$ 40.
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Revoltada, a mulher acionou o Procon de Magé, que esteve no local para investigar se a responsabilidade da cobrança era do estabelecimento comercial ou do fornecedor.
Luisa ainda mostrou um vídeo no qual, segundo ela, outro frasco, de cerca de 500 ml, chegou a ser oferecido por R$ 80. No entanto, funcionários negaram que o produto estivesse na área de vendas e que ele seria para uso dos próprios trabalhadores.
Durante a apuração do caso, a consumidora afirmou ter sido ameaçada por um homem que seria o proprietário da farmácia. A Polícia Militar foi chamada e encaminhou a vítima para delegacia. Já o suspeito foi ao local acompanhado de advogado.
Segundo informações da Record TV, os sócios da farmácia podem responder por usura, que é um crime contra a economia popular por prática de preços abusivos.
Além disso, o delegado do caso, Angelo Lages, explicou que o proprietário pode responder também por ameaça, já que o crime ainda está em investigação por falta de testemunhas.
Mais denúncias
Ao menos outros dois consumidores que assistiram à fiscalização do Procon de Magé na Record TV Rio também retornaram à farmácia com a nota fiscal do produto para pedir a devolução do dinheiro. Eles também afirmaram considerar abusiva a cobrança de R$ 40 pelo frasco de álcool em gel.