Cinco desembargadores da 1ª Sessão Especializada do TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) confirmaram, nesta quarta-feira (14), a conversão da prisão temporária para preventiva de nove deputados estaduais do Rio de Janeiro detidos na operação Furna da Onça.
Para o Tribunal, a decisão foi necessária pela constatação de que investigados tiveram conhecimento prévio da ação policial e teriam tomado medidas para impedir a coleta de provas.
Na terça (13), o desembargador Abel Gomes já havia determinado a prisão preventiva de 13 investigados na operação do MPF (Ministério Público Federal) e da Polícia Federal. No entanto, o caso dos deputados foi submetido à 1ª Sessão Especializada do TRF2 devido ao direito de foro especial.
Leia também
Com a decisão, permanecem detidos, sem previsão de sair da cadeia, Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi (MDB), também alvos da Cadeia Velha, e mais seis deputados: André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT) e Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius “Neskau” (PTB).
No caso de Marcelo Simão (PP), os desembargadores decidiram pela proibição de frequentar a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e sair do País, porque não foi apurado conduta que caracterizasse impedimento ou destruição de coleta de provas.
MPF investiga se esquema da Alerj destinou R$ 3 mi à Mangueira
A operação Furna da Onça prendeu 22 pessoas na última quinta-feira (8) por suspeita de participação em um esquema de corrupção e loteamento de cargos públicos que teria movimentado R$ 54,5 milhões entre 2011 e 2014, durante o segundo mandato do ex-governador Sérgio Cabral.
