A médica suspeita de realizar os procedimentos estéticos que provocaram a morte da professora Adriana Ferreira Capitão Pinto, de 41 anos, prestou depoimento na 77ª DP (Icaraí), na região metropolitana do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (26).
Durante a chegada de Geysa Leal Corrêa à delegacia houve confusão. Um grupo de pacientes da profissional impediu que jornalistas fizessem perguntas e imagens.
Segundo a delegada Raíssa Celles, responsável pelo caso, Geysa afirmou, em depoimento, que como médica era capacitada a realizar os procedimentos.
De acordo com o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro), o médico formado e inscrito no Conselho Regional de sua região está legalmente habilitado ao exercício da profissão em qualquer ramo ou especialidade, ainda que não seja detentor de título de especialista. No entanto, o Cremerj reforçou que a medicina hoje exige cada vez mais especialização. (informação corrigida às 18h)
A delegada informou ainda que interditou a clínica onde Geysa atua e que fará uma perícia no local.
Morte da professora
As investigações apontam que a médica Geysa Leal Corrêa foi a responsável por realizar uma lipoaspiração no abdômen da professora Adriana Ferreira Capitão Pinto e enxertar gordura nos glúteos da vítima, no último dia 16, em uma clínica em Niteroi.
Uma semana após os procedimentos, a professora se sentiu mal e foi socorrida ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.
Ela já chegou à unidade em um quadro de parada cardiorrespiratória e não resistiu. Adriana deixou marido e dois filhos.
Defesa da médica
O advogado da médica disse que a cliente lamentou a morte da paciente. Ele afirmou que Adriana fez todos os exames necessários e se mostrou apta para passar pela cirurgia. Além disso, ele declarou que Geysa "pode exercer e praticar qualquer ato médico, inclusive inerentes à cirurgia plástica".
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira