Jovem de 18 anos é morto por policial militar no Jacarezinho, dizem moradores
Jonathan Ribeiro foi atingido no peito e socorrido por vizinhos. PM diz que encontrou drogas com rapaz, mas testemunhas negam
Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio
![Jonathan foi morto com tiro no peito; Moradores dizem que PM atirou e saiu correndo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/CTD3KQYYOBP57HTO2VNOU2VX5Y.jpg?auth=8014ebc4e95e5b9478083a51b0cd921b688f1daf07c9e4b96e253bf17a208986&width=845&height=642)
Um homem identificado como Jonathan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, foi morto a tiros na noite desta segunda-feira (25), no Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com os moradores, o rapaz foi assassinado sem motivo algum por policiais militares.
A vítima foi socorrida pelos próprios moradores da comunidade para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da região. Logo depois da morte do jovem, os familiares fizeram um protesto na avenida Dom Hélder Câmara. A via foi liberada por volta das 1h30 de hoje.
Em nota, a PM afirmou que policiais do Batalhão de Choque não teriam conseguido socorrer a vítima porque um grupo de moradores arremessou pedras e garrafas em direção à equipe. No entanto, os moradores alegam que os agentes "atiraram e saíram correndo".
A corporação ainda disse que havia certa quantidade de drogas e um simulacro de arma de fogo com Jonathan.
"Mataram meu filho com um tiro no peito e eu quero saber porquê eles [PMs] mataram meu filho, se ele não era traficante", afirmou a mãe de Jonathan, Monique Ribeiro dos Santos, em entrevista à Record TV Rio. O comando da Corporação determinou instauração de procedimento apuratório na Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da Polícia Militar.
A Polícia Civil afirmou que a perícia foi realizada no local e a arma do policial militar já foi recolhida para exame. Como informado, os familiares e testemunhas serão ouvidos e a investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital.
Jonathan deixa uma filha de quatro meses de idade. Segundo a mãe Monique, ele se preparava para o alistamento no Exército e, por isso, não trabalhava de carteira assinada, mas ajudava a tia a vender roupas na comunidade. Ainda não há informações sobre o enterro da vítima.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa