O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) converteu em preventiva a prisão em flagrante do padrasto e da mãe de Angelina Mirandella, de 4 anos, nesta segunda-feira (19). Os dois são acusados pela morte da menina na última quinta (15) em Petrópolis, região serrana do Estado.
Na decisão, o juiz Antonio Luiz da Fonsêca Lucchese destacou que a prisão preventiva se faz necessária pois o indiciado "teria agredido de forma violenta a vítima, uma criança de quatro anos e sua enteada, que, mesmo após o socorro médico, veio a óbito com diversos hematomas pelo corpo”.
Angelina morreu após ser levada pela mãe e pelo padrasto ao hospital Alcides Carneiro, apresentando diversos ferimentos. O laudo de necrópsia indicou que a morte foi causada por traumatismo craniano em razão de ação contundente e hemorragia.
Segundo a Polícia Civil, agentes da 105ª DP (Petrópolis) desconfiaram da alegação de que Angelina teria morrido de causas naturais e deram início às investigações, que apontaram o padrasto como responsável por agressões e torturas à menina. A violência teria sido omitida pela mãe.
Em depoimento, o padrasto admitiu as agressões e relatou à polícia que agrediu Angelina porque ela atrapalhava o relacionamento do casal. De acordo com o TJ-RJ, relatos de testemunhas dão conta de que o homem já teria jogado água quente nas costas da enteada em outra ocasião.
O casal foi preso na última sexta (16) e os dois irão responder por tortura e homicídio qualificado.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.