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Mulher acusa PMs de agressão após filmar ação na Rocinha

Segundo Ana Letícia, policiais estavam abordando um homem de forma agressiva por estar sem identidade; Polícia diz que agentes foram atacados

Rio de Janeiro|Juliana Valente* e PH Rosa, do R7, com Record TV Rio

Ana Letícia diz ter sido agredida por PMs
Ana Letícia diz ter sido agredida por PMs

Uma mulher acusou policiais militares de agressão na manhã desta segunda-feira (26) na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. De acordo Ana Letícia Silva de Souza, os agentes a agrediram enquanto ela filmava uma ação deles.

— Estava gravando uma ação incorreta que eles estavam fazendo, agredindo um rapaz porque estava sem identidade. Eu fui gravar, eu tenho o direito de gravar. Deram tiro para cima de mim. Eu estava indo para o meu curso e eles me agrediram.

Ao R7, a Polícia Militar informou que agentes do batalhão do Leblon (23º BPM) faziam um cerco na autoestrada Lagoa-Barra, próximo ao largo dos Boiadeiros, e suspeitaram de um jovem. Ao abordá-lo, a polícia disse que percebeu que uma mulher filmava toda a ação e disseram que ela seria levada para a delegacia da comunidade (11ª DP) como testemunha da abordagem.

A polícia disse também que os agentes foram atacados por moradores que estavam em um bar próximo ao local, que arremessaram garrafas, caixas de madeira, cadeiras e outros objetos contra eles. Um agente se feriu e foi levado ao Hospital Miguel Couto, na Gávea. Todos os envolvidos foram levados para delegacia.


Tiros e morte

Após a morte de oito pessoas no último sábado (24), tiros voltaram a ser registrados na favela na manhã desta segunda. Ao menos uma pessoa morreu, segundo a Polícia Militar, durante confronto. Os agentes também apreenderam munições e um fuzil.


Segundo os moradores, o confronto é intenso e ocorre no ponto conhecido como 199. Nesta manhã, agentes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) fizeram uma operação na comunidade.

Por causa dos confrontos, uma professora fez um vídeo onde mostra crianças deitadas no corredor durante o tiroteio. No vídeo é possível ouvir muitos tiros e fogos.


A professora, que não teve sua identidade revelada, demonstra sua revolta em estar novamente em uma situação como essa.

"Mais uma vez, a gente aqui na Rocinha com as crianças no corredor sem aula. Estamos tentando sobreviver a essa guerra e refletindo sobre a eficácia dessa intervenção federal. Uma pena, um absurdo. Isso é uma escola."

*Estagiária do R7, sob supervisão do PH Rosa

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