Um turista norueguês foi detido após assediar sexualmente uma brasileira em frente à estação de trem e metrô Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (29).
A consultora de vendas Kellen Pavão, de 26 anos, aguardava o marido quando foi abordada pelo estrangeiro. O homem disse estar perdido e pediu informações. Em seguida, agarrou a vítima.
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“Ele me abusou. Ele passou a mão até a minha cintura. Foi o momento em que eu me afastei e falei que era casada. Com isso, ele ficou muito bravo e, antes de ir embora em direção ao metrô, passou a mão novamente na minha cintura no sentido do meu glúteo”, relembrou Kellen.
Um pedestre viu a situação e chamou a polícia. O norueguês foi preso em flagrante e levado para a 5ª DP (Lapa), na mesma região da cidade.
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De acordo com a Polícia Civil, ele foi encaminhado à Audiência de Custódia, onde ficará a disposição da Justiça para responder pelo crime de assédio sexual, com pena de até cinco anos de prisão.
Em entrevista à RecordTV Rio, Kellen informou que, antes de se aproximar, o turista já havia importunado outra jovem. Ainda segundo a consultora de vendas, ao falar que era casada, o turista informou que só encontrava mulheres bonitas no Brasil e que a queria para a vida dele.
Além do constrangimento com a situação, a vítima contou que vem recebendo xingamentos na internet. De acordo com Kellen, na delegacia, o suspeito pedia desculpas a todo momento e disse que havia praticado o ato porque "não conseguiu se controlar".
Os casos de assédio e abuso eram tratados apenas como contravenção penal. Contudo, em setembro deste ano, foi sancionada a Lei 13.718/18, que criminaliza a importunação sexual.
Outro lado
A defesa informou que o norueguês nega categoricamente a prática delituosa. De acordo com a advogada Janice Luz, o estrangeiro se perdeu na região da Central do Brasil e pediu ajuda à vítima.
A defesa ainda afirmou que, ao agradecer a informação, a mão do cliente esbarrou na mulher, que interpretou o gesto de forma equivocada.
Sobre a declaração de que o suspeito “não conseguiu se controlar”, a advogada disse que não existe no registro de ocorrência esta afirmação.
Por fim, ressaltou que o norueguês permaneceu no local, sem oferecer resistência, para aguardar as autoridades.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Diego Junqueira