Por 29 votos a 16, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro barrou nesta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB). Rejeitado, o processo será arquivado.
Para que o processo apresentado pela oposição fosse aberto, a proposta deveria ser aprovada por mais da metade dos vereadores presentes na votação.
Pedido de impeachment de Crivella é reação de quem perdeu eleição
Os vereadores de oposição que pediram abertura do processo de impeachment de Crivella se basearam apenas em uma reportagem de um jornal carioca, sem apresentar provas.
Uma das críticas ao prefeito é que ele teria privilegiado um grupo de apoiadores religiosos no acesso a cirurgias de cataratas realizadas pelo município. A questão é que o Mutirão da Catarata, criado pela Prefeitura possui mais oferta que demanda, com a população sendo convocada para aderir ao programa. Das 15 mil cirurgias contratadas pelo município, apenas 3 mil foram realizadas.
Vereador que pediu impeachment de Crivella é investigado
Outra crítica da reportagem ainda é mais infundada diz que o prefeito falou durante a reunião sobre a isenção do Imposto Predial para templos evangélicos. A isenção é regida por uma lei federal, e é comumente aplicada para templos e igrejas de qualquer denominação, sejam evangélicos, católicos ou outras.
Os vereadores ainda alegavam que Crivella teria realizado um encontro secreto, com aproximadamente 200 presentes, inclusive do repórter do jornal, o que não permite caracterizar a reunião com secreta. Para o professor da UERJ, Bruno Sobral, a iniciativa dos vereadores é “anti-democrática ao aproveitar o momento de uma manchete”.