A Polícia Civil investiga se a chacina que aconteceu em um bar no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, na noite de domingo (26) tem relação com uma briga generalizada que ocorreu uma semana antes em um campo de futebol do bairro, que deixou vários feridos. No ataque, três homens morreram e outras pessoas ficaram feridas.
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A polícia trabalha também com outras hipóteses, entre elas vingança e participação de policiais nas mortes. O crime aconteceu antes das 19h de domingo na rua Calil Jorge Calixto. De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados via Copom para atender um chamado para disparo de arma de fogo. Segundo depoimento de uma testemunha que estava no bar, quatro pessoas entraram no estabelecimento encapuzadas, todos armadas e, sem dizer nada, começaram a atirar em quem estava no local. A testemunha conta que conseguiu se salvar porque se escondeu dentro do banheiro.
Durante o ataque, morreram ainda no local Eduardo Sousa dos Santos, de 44 anos, que tinha passagem por homicídio e estelionato, e Alessandro Santos Pedroso, 39 anos. Já o dono do bar, João Ferreira de Moraes Neto, de 48 anos, foi encaminhado por moradores ao Hospital do Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos.
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Ficaram feridos na ação Patrícia Soares de Lima, de 32 anos, Valdir Araújo de Souza, 40 anos, e Linaldo Silva de Freitas, de 37 anos. Todos foram levados ao Hospital do Campo Limpo. Apenas um dos homens recebeu alta.
O bar estava cheio porque as pessoas acompanhavam partidas de futebol na TV. Os atiradores chegaram em dois carros, um Toyota Corolla e um Chevrolet Meriva. Uma testemunha afirma que eles teriam dito para crianças e mulheres se afastarem.
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Depois da sequência de disparos, os suspeitos fugiram. Eles ainda não foram identificados. Segundo a polícia, um veículo Meriva foi encontrado carbonizado nas proximidades de onde foi a chacina. O carro foi apreendido e vai para perícia.
A polícia analisa imagens que possam ter registrado a ação. Os depoimentos dos feridos também vão auxiliar na investigação conduzida pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).