Casos de dengue passam de sete mil na cidade de São Paulo
De acordo com informações da prefeitura, todos os casos de morte são de pessoas residentes na zona norte da capital
São Paulo|Agência Brasil
![No mesmo período do ano passado, houve 10.292 casos confirmados](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/623ZXVKVZJOTBNLRCGOTDAH3EM.jpg?auth=7d5e6e18a0d03e940e335921162516f0ac1aa007c69c338dc88441eadb031379&width=1170&height=700)
A cidade de São Paulo já registra 7.230 casos de dengue este ano, com a confirmação de quatro mortes, segundo os dados do boletim de arboviroses da prefeitura, divulgado na quarta-feira (18). No mesmo período do ano passado, houve 10.292 casos confirmados, sendo que no ano inteiro foram 11.920, com dois óbitos.
De acordo com as informações da prefeitura, todos os casos de morte são de pessoas residentes na zona norte da capital.
Uma morte é de uma mulher, de 19 anos de idade, sem comorbidades, moradora de Santana, com início dos sintomas em 18 de abril e internação em um hospital privado no dia 22 do mesmo mês. Ela morreu no dia seguinte.
Outro óbito é de um idoso de 94 anos de idade, com comorbidades, também residente em Santana, com início dos sintomas em 9 de abril, sendo internado em um hospital privado no dia 13 do mesmo mês, mas acabou morrendo no mesmo dia.
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Também foi registrada a morte de uma mulher de 47 anos, com comorbidades, moradora na região da Casa Verde/Cachoeirinha, com início dos sintomas em 16 de janeiro e data do óbito no dia 24 de janeiro. A outra morte foi de uma mulher de 31 anos, moradora da Vila Maria, que apresentou sintomas em 5 de abril, foi internada em um hospital privado e morreu cinco dias depois.
A SMS (Secretaria Municipal da Saúde), por meio da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), disse, informou que tem investido continuamente no Programa Municipal de Combate à Dengue e demais Arboviroses.
Uma das ações teve início em abril com a instalação de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas, inicialmente em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue.
“Mais de 14 mil armadilhas já foram instaladas. Os equipamentos são montados para que as fêmeas do Aedes aegypti, responsáveis pela disseminação da doença, distribuam o produto em seus criadouros após contato com o larvicida das armadilhas, a fim de eliminar o mosquito ainda em estágio larval”, informou a secretaria.
Ações
No dia 10 de maio, a Secretaria de Saúde realizou uma ação para intensificação de combate ao mosquito com visitas em 7 mil imóveis. No dia 18 de maio, a secretaria reforçou a frota de combate ao mosquito com mais sete picapes leves com equipamentos de dispersão dos inseticidas, dobrando a capacidade operacional na região.
No sábado (20), a prefeitura realizou o segundo mutirão de combate à dengue, com mais de 95 mil ações, entre visitas casa a casa, para identificação e eliminação de criadouros, nebulização com inseticida e orientações à população local sobre cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
“Simultaneamente aos movimentos, a SMS reforça que o apoio da população é fundamental para combater os focos do mosquito, com medidas como: guardar pneus em locais cobertos, lavar os potes de águas dos animais com esponja e sabão, duas vezes por semana; eliminar ou furar os pratinhos dos vasos de plantas; furar, tampar ou guardar em local protegido da chuva os demais recipientes que possam acumular água, tampar ralos, vasos sanitários, barris, tambores, tanques e caixas d’água; limpar calhas e lajes, manter as saídas de água desobstruídas; deixar latinhas, potinhos e outros recipientes recicláveis em local coberto”, recomenda a secretaria.
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Em meio a um surto de zika vírus no Brasil, muito se sabe a respeito de sintomas, complicações e outros dados de como a doença funciona dentro do corpo humano — mas, e em seu vetor, o mosquito aedes aegypti, como o vírus age? Todo exemplar do aedes é portador do zika? Eles só se alimentam de sangue humano? E por que precisam picar as pessoas? Para responder a estas e muitas outras questões a respeito do maior vilão da saúde atual no Brasil, o R7 conversou com Fernando Bernardini, especialista em insetos, graduado pela Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo desenvolvimento de produtos na Bayer CropScience. Ele conta, entre outras coisas, que uma fêmea do aedes aegypti pode ter, ao longo de toda a sua vida, seis mil descendentes. Confira