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Covas recebeu doação suspeita de empresa da Feirinha da Madrugada

Empresário que ganhou concessão para administrar centro de compras no centro de SP doou R$ 100 mil para reeleião de prefeito

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV


Empresário da Feirinha da Madrugada com Bruno Covas
Empresário da Feirinha da Madrugada com Bruno Covas

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), é suspeito de receber uma doação irregular do sócio de uma empresa que ganhou a concessão para administrar a famosa Feirinha da Madrugada, na região central da capital paulista. As informações são do Núcleo de Jornalismo Investigativo da Record TV.

A Feirinha da Madrugada é, há mais de 10 anos, um dos mais procurados centros de compra do país. Desde o início, mudou bastante, e segundo comerciantes do local a mudança se intensificou ainda mais desde que passou por cencessão do espaço público, em 2015.

"Eles tiraram a prefeitura fizeram a transição e nessa transição fizeram box nas principais entrada da feira pra poder vender e alugar mais caro", disse Gil Santos, representante da Associação de Microeempreeendedores de Feiras e Shoppings Populares do Estado de São Paulo.

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Segundo Gil, um espaço de venda na Feirinha da Madrugada pode sair por até R$ 300 mil, e nem todos tinham como pagar esse valor. "Tem comerciante com casa penhorada, pessoas passando fome, gente que morreu por causa dessa péssima administração da prefeitura".

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Com mais espaços e aluguéis mais altos, a nova Feirinha da Madrugada funciona no mesmo endereço, mas a diferença é que o lucro com os pontos de venda passou a ser controlado por executivos que trabalham em um escritório bem distante do local, em um dos bairros mais caros de São Paulo, na avenida Faria Lima.

A sede do fundo de investimentos pertence a uma das empresas que venceram a licitação para administrar a feirinha. A reportagem descobriu que um dos sócios da empresa, Régis Pinheiro Campos, parece ter boa relação com o prefeito Bruno Covas, como mostram em imagens feitas em 2018.

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Esse mesmo empresário fez uma doação de R$ 100 mil para a campanha à reeleição de Bruno Covas. Segundo o professor de Direito Eleitoral da Damásio Educacional Clever Vasconcelos, essa é uma atitude proibida, que poderia levar até ao afastamento do prefeito.

"Se já tinha concessão do poder, a concessionaria é proibida de doar, ainda que por pessoa física, porque ele representa a entidade. A legislação é bem clara nisso, e eventualmente pode levar até a cassação de mandato do detentor do poder", explica o professor.

A Record TV pediu entrevista com o prefeito de São Paulo, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

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