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'Ele era estranho dentro de casa', diz tio de homem que matou a família

Santo Pereira do Santo descreve Antônio Gallo como um jovem 'quietinho'

São Paulo|Peu Araújo, do R7, enviado a Campinas

Casa em Campinas ficou parcialmente destruída
Casa em Campinas ficou parcialmente destruída Casa em Campinas ficou parcialmente destruída

"Ele tava revoltado, só pode ser", afirma Santo Pereira do Santo, tio de Antônio Ricardo Gallo, que matou o pai, duas irmãs, o atual companheiro da ex-namorada e um vizinhonesta segunda-feira (30) no distrito de Sousas, em Campinas. Em seguida, Antônio se matou.

Gallo já havia sido detido em 2017 por descumprir medida protetiva que o impedia de se aproximar da família. Há cinco anos, o pai havia tentado despejá-lo da casa onde morava, mas o processo foi extinto sem que tivesse sido julgado.

Enquanto conversava com a reportagem do R7, o parente recolhia, entre os escombros, documentos e pertences dos familiares mortos com medo de furtos. No local, ao lado de outro familiar, os dois separavam algumas caixas e sacolas.

Santo afirmou que o atirador era "quietinho, mas dentro de casa era meio estranho, brigava muito com a família."

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O caso foi registrado como feminicídio no boletim de ocorrência.

Os familiares narraram a trajetória do crime. Eles afirmam que Gallo atirou primeiro na irmã, Ana Cristina Gallo, que estava a caminho do trabalho.

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Na sequência, matou o pai, Antônio Valentim Gallo, na frente da casa. Em seguida, chamou o vizinho, Elenilson Freiras do Nascimento, que foi alvejado ao abrir a janela da casa. Ele também morreu.

Por último atirou na outra irmã, Alexandra Aparecida Gallo, que além de ter sido baleada, foi queimada pelo atirador, uma que ele ateou fogo na residência. O corpo de Alexandra ficou "absolutamente carbonizado" e foi reconhecido pela irmã Débora, de acordo com o boletim de ocorrência. A casa de quatro cômodos na periferia de Campinas ficou parcialmente destruída.

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Gallo dirigiu, então, por 30 km para localizar a ex-namorada Camila Fiorini. O rapaz atirou contra a moça e o atual companheiro dela, William da Costa, que morreu. Camila está internada em estado estável no Hospital das Clínicas de Campinas.

Mãe e vizinha

Maria José de Freitas, de 54 anos, era vizinha do atirador. Ela é mãe de Elenilson Freitas do Nascimento, de 31 anos, uma das cinco vítimas fatais de Antônio Ricardo Gallo na manhã desta segunda-feira (30).

Segundo a senhora, ainda com olhar perdido e desolada, Elenílson "já tava prontinho pra sair para o trabalho. A marmita pronta, tudo na mochila". Nascimento levou ao menos três tiros e morreu pouco antes de ir para o trabalho como jardineiro.

Problemas com o pai

Santo relata que o atirador tinha problemas com o pai, que recolhia reciclagem, e já tinha sido preso por agredi-lo. "O pai dele não reclamava, sofria sozinho", lembra.

Apesar dos conflitos, o familiar se diz surpreso com o crime. "Isso foi uma tragédia que a gente não esperava jamais."

Segundo parentes, o atirador liberou dois sobrinhos e uma irmã com síndrome de Down. "Vou poupar vocês", teria dito.

Ao ser abordado por policiais militares, o rapaz se matou na avenida Prestes Maia.

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