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Homem mata o pai, 2 irmãs e mais dois e incendeia casa em Campinas

Atirador teve disputa na Justiça com o pai, que queria despejá-lo de uma casa

Cidades|Peu Araújo e Ana Beatriz Azevedo*, do R7

Polícia em frente à casa do pai de Antônio Ricardo, onde 3 pessoas morreram
Polícia em frente à casa do pai de Antônio Ricardo, onde 3 pessoas morreram Polícia em frente à casa do pai de Antônio Ricardo, onde 3 pessoas morreram

Um homem matou o pai, duas irmãs e outras duas pessoas, em uma série de ataques na manhã desta segunda-feira (30) em Campinas. Em seguida, ele cometeu suicídio. Uma sexta vítima, a ex do atirador, está internada. A casa do pai foi incendiada.

Casa dos pais de Antônio Ricardo foi incendiada
Casa dos pais de Antônio Ricardo foi incendiada Casa dos pais de Antônio Ricardo foi incendiada

O atirador já havia sido detido neste ano por descumprir medida protetiva que o impedia de se aproximar da família. Há cinco anos, o pai havia tentado despejá-lo da casa onde morava, mas o processo foi extinto sem que o mérito da causa tivesse sido julgado.

A série de ataques teve início às 6h30, quando Antônio Ricardo Gallo, de 28 anos, matou Ana Cristina Gallo, uma de suas três irmãs, na rua João Maria Batista, distrito de Sousas.

Há pouco menos de um mês, no dia 4 de outubro, a Polícia Militar já havia sido acionada por causa de disparos de arma de fogo na rua. Os investigadores que apuram as mortes ainda não sabem se Antônio Ricardo tem relação com o caso.

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Antônio Ricardo havia brigado com o pai
Antônio Ricardo havia brigado com o pai Antônio Ricardo havia brigado com o pai

Em seguida, ele chegou à rua Ferrucio Deltramelli, também no distrito de Sousas, onde morava seu pai. Ali, foram baleados o pai do atirador, Antônio Valentim Gallo, e um vizinho, Elenilson Freitas do Nascimento. Os dois morreram.

Após os tiros, Antônio Ricardo ateou fogo à residência. Quando as chamas foram extintas, Alexandra Gallo, também irmã do artirador, foi achada morta, com o corpo carbonizado. De acordo com a polícia, ela também foi baleada.

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No momento do ataque, também estavam na casa uma terceira irmã, que tem síndrome de down, e dois sobrinhos pequenos de Antônio Ricardo. Eles foram poupados pelo atirador.

Após os assassinatos da rua Ferrucio Deltramelli, Antônio Ricardo seguiu em um Kadett para a residência de sua ex-namorada, Camila Cristina Fiorini, que fica na rua Cormorão, bairro Manuel da Nóbrega, a 30 km do distrito de Sousas. Ela e o atual companheiro dela, Willian de Oliveira Costa, foram também feridos a tiros dentro de um carro. Willian morreu no hospital na tarde desta sexta-feira (30). Camila continua internada, em estado estável. 

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Local onde Antônio Ricardo cometeu suicídio
Local onde Antônio Ricardo cometeu suicídio Local onde Antônio Ricardo cometeu suicídio

Testemunhas afirmaram ao R7 que o relacionamento entre Antônio Ricardo e Camila havia sido rompido há cerca de quatro anos.

O atirador, então, seguiu para a avenida Prestes Maia, uma das principais da cidade, na região central de Campinas. Quando policais militares tentaram contê-lo, ele teria atirado contra si, cometendo suicídio.

Dois revólveres calibre 38 foram encontrados dentro do veículo do atirador e apreendidos. O caso é investigado pela Polícia Civil da cidade.

Briga na Justiça

A relação entre Antônio Ricardo e a família não era boa.

Em 2013, Antônio Valentim, pai do atirador, entrou com um processo de despejo contra o filho. O pai afirmou à Justiça que havia cedido uma casa na rua Ferrucio Deltramelli (a mesma onde ocorreu o segundo ataque nesta segunda-feira), mas que, depois de uma série de desentendimentos, que resultaram em boletins de ocorrência, resolveu pedi-la para uso próprio.

Em maio de 2014, o juiz Guilherme Fernandes Cruz Humberto decidiu extinguir o processo sem analisar a questão, pois considerou que não cabia despejo em imóvel sem contrato formal de aluguel.

No início deste ano, o pai havia conseguido na Justiça medida protetiva para que Antônio Ricardo não se aproximasse, mas o atirador teria, segundo a polícia, descumprido a determinação recentemente e acabou sendo levado à delegacia da região.

*Ana Beatriz Azevedo é estagiária do R7.

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