O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, Fernando Haddad, acompanharam em tempo real de Paris os choques entre manifestantes e a polícia na avenida Paulista durante protesto contra o aumento da tarifa do ônibus em São Paulo. Para o governador, o ato em São Paulo foi "pontual".
— Eu considero que foi algo pontual. A França está na iminência de viver uma greve de controladores aéreos. Isso acontece.
Em contato permanente com assessores ou grudados às imagens transmitidas ao vivo para smartphones, Alckmin e Haddad seguiam as informações sobre o grau de mobilização e os estragos causados ao patrimônio.
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Como o fuso horário de Paris é de cinco horas à frente em relação ao de Brasília, governador, prefeito e respectivos assessores tiveram de atravessar a madrugada em claro para seguir os desdobramentos. Alckmin falou sobre o protesto em sua chegada à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), onde a delegação brasileira defende a candidatura de São Paulo à cidade-sede da Expo 2020 (Exposição Universal de 2020).
— Nós acompanhamos ontem a noite toda com o secretário de Segurança, o governador em exercício, o chefe da Casa Civil
Segundo Alckmin, a resposta da polícia precisa ser firme.
— O que tem de acontecer é ser forte e agir com firmeza para evitar excessos.
Na terça-feira, Alckmin havia dito que interromper o trânsito durante os protestos é "caso de polícia".
Manifestação
O terceiro ato contra o aumento da tarifa de ônibus na cidade de São Paulo, ocorrido na última terça-feira (11), terminou com um saldo de 20 detidos e oito policiais militares feridos. Por volta das 8h30 desta quarta-feira (12), 13 pessoas ainda permaneciam detidas, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública).
O Movimento Passe Livre promete fazer a quarta manifestação em São Paulo na próxima quinta-feira (13). Desta vez, a concentração será na frente do Teatro Municipal de São Paulo, às 17h, na capital paulista. O grupo já fechou a Radial Leste, Consolação, 23 de Maio, 9 de Julho, Paulista, Rebouças, Faria Lima e marginal Pinheiros em protestos anteriores.
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