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Fumaça de queimadas no Cerrado e na Amazônia chega a São Paulo

Camadas de fumaça foram detectadas por satélites. Equipamentos apontam altas concentrações de aerossol, substância gasosa que resulta da fumaça

São Paulo|

Fogo se alastra pelo sul da Amazônia, uma das regiões que mais sofre com queimadas
Fogo se alastra pelo sul da Amazônia, uma das regiões que mais sofre com queimadas Fogo se alastra pelo sul da Amazônia, uma das regiões que mais sofre com queimadas

Além de uma frente fria, os ventos úmidos que sopram da Amazônia para as regiões sul e sudeste fizeram com que nuvens de fumaça cobrissem cidades de São Paulo e do interior do Paraná nesta quinta-feira. O fenômeno foi sentido também em regiões de Minas. As camadas de fumaça foram detectadas por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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Conforme o coordenador do programa de monitoramento de queimadas do Inpe, Alberto Seltzer, as imagens mostram o deslocamento das "nuvens" a partir dos focos de queimadas registrados principalmente nos estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, além de países vizinhos, como Bolívia, Peru e Paraguai. Mais atenuado, com dispersão pelas correntes de vento, o fenômeno ainda era percebido na sexta-feira.

Os satélites do Programa Copernicus, da Agência Espacial Europeia, apontaram altas concentrações de aerossol, substância gasosa que resulta da fumaça, cobrindo os céus de Sul e Sudeste.

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Em Sorocaba, a vendedora Liz Andreia Guedes Ribeiro observou o fenômeno por volta das 16 horas. "O ambiente lembrava o ar poluído das grandes cidades chinesas. Só não coloquei máscara de respirar porque não tinha à mão no momento." Ela disse que o ar estava pesado e causava irritação nos olhos e no nariz. "É uma névoa diferente da fumaça que a gente costuma ver em queimadas por aqui." O cheiro de queimada "sem incêndio" também incomodou moradores de Campinas e Jundiaí, no interior de São Paulo, e de Belo Horizonte, a capital mineira. Vários internautas reportaram o fenômeno em redes sociais.

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A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo confirmou a chegada da fumaça, mas disse que não chegou a causar problemas à população. "Nos últimos dias, pode-se observar transporte de resíduos de fumaça (particulados), porém em altos níveis da atmosfera, portanto sem afetar os centros urbanos diretamente."

Os aeroportos não relataram problemas com o corredor de fumaça. "Não houve necessidade de emissão de alertas pois o fenômeno não chegou a atingir a superfície." No dia 19 de agosto, uma névoa escura cobriu o céu de São Paulo e o dia virou noite. O fenômeno estava relacionado com partículas da fumaça produzida em queimadas.

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