Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Homem que jogou carro em cima de ex-mulher se entrega à polícia

Homem não aceitava o fim do relacionamento e tentou atropelar mulher dentro de carro onde estavam filhas e namorado

São Paulo|Mariana Rosetti, da Agência Record

Mulher e filha passam bem depois do ataque do homem
Mulher e filha passam bem depois do ataque do homem Mulher e filha passam bem depois do ataque do homem

Quatro dias após jogar o carro contra a ex-mulher e agredí-la com um barra de ferro, Marcos da Silva Correia, de 37 anos, se entregou nesta terça-feira (19) no 69º DP (Teotônio Vilela), na zona leste de São Paulo. Ele jogou o carro contra o veículo em que a ex-mulher estava com as três filhas e o atual namorado na sexta-feira (15), menos de uma hora depois da vítima pedir uma medida protetiva contra ele.

A prisão temporária do ex-marido havia sido decretada pela Justiça de São Paulo mais cedo e ele era considerado foragido. Segundo a Polícia Civil, Marcos se sentiu pressionado depois de várias operações de busca dos agentes e se apresentou na delegacia. O caso foi registrado como violência doméstica, tentativa de homicídio e lesão corporal na direção de veículo automotor.

A vítima, de 35 anos, que não quis se identificar, informou que sua filha passou por cirurgia nesta terça-feira (19). Ela teve o fêmur fraturado no episódio.

O caso

O ataque ocorreu nesta sexta-feira (15) menos de uma hora depois que a mulher pediu uma medida protetiva contra o ex-marido. Vídeos registraram a ação do agressor, no Jardim Tietê, na zona leste de São Paulo. Ela estava na casa do atual namorado com as três filhas, de 13, 8 e 4 anos, quando começou a receber ameaças do ex-marido, Marcos da Silva Correia, de 37.

Publicidade

Por telefone, conversando com a filha mais velha da vítima, Marcos chamou a ex-mulher de "vagabunda". Acrescentou que não deixaria barato o fato de as meninas estarem na casa do atual namorado da mãe.

Ela foi até a 8ª Delegacia de Defesa da Mulher, de São Mateus, onde registrou um boletim de ocorrência de violência doméstica, ameaça e injúria, por volta das 18h daquela sexta. Ela também pediu pela concessão da Medida Protetiva de Urgência contra Marcos. Criada pela Lei Maria da Penha, a medida visa proteger a integridade das vítimas.

Publicidade

Após o registro na Polícia Civil, a mulher, o namorado, e as três filhas, sendo as duas menores fruto do relacionamento com Marcos, retornaram para casa, na rua Ministro Apolônio Sales, 817. A vítima manobrava para acessar a garagem do imóvel quando sentiu um impacto na lateral do seu veículo, um Ecosport. Somente momentos depois percebeu que Marcos havia colidido propositalmente contra seu carro.

Imagens do circuito de monitoramento da casa flagram o momento em que Marcos colide contra o carro da ex-mulher. Com o impacto, o Ecosport atinge pessoas que estão paradas em uma adega vizinha à casa.

Publicidade

Depois de causar o acidente, o homem desembarca do seu carro, um Citroen C3, e caminha até a Ecosport. Marcos, então, retorna para o próprio veículo e pega uma barra de ferro.

Ele caminha em direção à ex-mulher e a agride. Segundo a vítima, Marcos conseguiu atingir seu pescoço com o objeto. Quando as pessoas se dão conta da agressão contra a mulher, Marcos foge a pé, deixando o carro para trás.

A mulher conta que uma viatura da Polícia Militar que patrulhava a região parou para ajudar e acionou o resgate. Uma pessoa que estava na adega ficou ferida, assim como a filha da vítima, de 8 anos, que fraturou o fêmur.

Ela relata ter sido casada com Marcos durante 8 anos. Ao longo do relacionamento ele apresentava diversos comportamentos agressivos, motivo pelo qual decidiu romper o matrimônio. 

A princípio, conta, a separação aconteceu de forma amigável e eles ainda conversavam. O contato foi cortado quando Marcos tentou reatar a relação, mas se deparou com o processo de divórcio. As ameaças começaram quando o homem soube que a vítima estava namorando.

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo apontam que, no ano de 2021, foram registrados 136 feminicídios no estado. Ou seja, mulheres que foram mortas pela razão de serem mulheres. Em janeiro e fevereiro de 2022, foram 23 registros de feminicídio.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.