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Júri de presos por morte de família no ABC é adiado por ausência de testemunha

Uma das testemunhas não compareceu ao julgamento, agora redesignado para junho. Defesa dos réus não abriu mão da oitiva

São Paulo|Do R7

Anaflávia, Carina e outros três presos seriam julgados nesta segunda
Anaflávia, Carina e outros três presos seriam julgados nesta segunda Anaflávia, Carina e outros três presos seriam julgados nesta segunda

O júri popular dos réus acusados da morte da família Gonçalves, encontrada carbonizada no ABC paulista no início de 2020, inicialmente marcado para as 10h desta segunda-feira (21), foi adiado para o dia 13 de junho.

A decisão, segundo informou o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), se deu pela ausência de uma das testemunhas.

A defesa dos réus não abriu mão da oitiva, e assim se optou pelo adiamento do julgamento.

Na nova data, Anaflávia Gonçalves, Carina Ramos e os outros três presos responderão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado – meio cruel, motivo torpe e sem chance de defesa às vítimas –, de ocultação de cadáver, roubo circunstanciado e associação criminosa.

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Anaflávia foi acusada de planejar, junto de sua ex-namorada, Carina, o crime contra a própria família: Romuyuki e Flaviana Gonçalves, seus pais, e Juan Victor, de 15 anos, seu irmão.

Além delas, os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, primos de Carina, e Guilherme Ramos da Silva são acusados de ter participado do crime contra a família Gonçalves.

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O crime

O casal Romuyuki e Flaviana Gonçalves e o filho Juan Victor estavam em casa, em um condomínio no ABC paulista, quando os três assaltantes entraram na residência com o auxílio de Anaflávia Martins Gonçalves, filha do casal, e Carina Ramos de Abreu, sua namorada.

Segundo as investigações, como não acharam os R$ 85 mil que Carina e Anaflávia haviam avisado que encontrariam em um cofre, Juliano Oliveira Ramos Júnior, Jonathan Fagundes Ramos e Guilherme Ramos da Silva decidiram matar Romuyuki, Flaviana e Juan Victor, levando os pertences da família.

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Os corpos das três vítimas foram encontrados na madrugada de 28 de janeiro, carbonizados dentro do carro da família, em uma estrada em São Bernardo do Campo.

A Polícia Civil prendeu Carina e Anaflávia preventivamente um dia depois, e, nas duas semanas seguintes, os outros três suspeitos também foram detidos. Após três meses, em maio, os cinco tornaram-se réus.

A filha do casal e sua ex-namorada alegam que não tinham intenção de matar a família, mas de roubá-la. No entanto, além do depoimento de um dos suspeitos, que contrariou essa versão, a Polícia Civil quebrou o sigilo das contas de ambas na internet e em aplicativos de mensagens e descobriu pesquisas relativas aos assassinatos.

Entre os termos pesquisados, os investigadores encontraram buscas como "seguro de vida cobre quais mortes", "seguro de vida por morte assassinato", "segurado de homicídio", que haviam sido feitas em 24 de dezembro de 2019, no mês anterior às mortes.

O júri foi marcado ao fim de julho passado, pelo juiz Lucas Tambor Bueno. Na decisão, o juiz ponderou que "a imputação de três crimes de homicídio multiqualificado, três crimes de ocultação de cadáver, roubo circunstanciado e associação criminosa é gravíssima e demonstra comportamento incompatível com o convívio em sociedade, não se admitindo a concessão de qualquer benefício liberatório a quem responde por tão graves condutas".

Menos de um mês depois, Carina Ramos decidiu quebrar o silêncio e, com exclusividade à Record TV, admitiu ter participado do planejamento do assalto, mas não das mortes. Carina disse, ainda, que foi sua ex-namorada, Anaflávia, que arquitetou o crime.

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