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Mãe de garota morta no Hopi Hari critica nova falha: 'Não aprenderam'

Silmara Nichimura, mãe de menina que morreu ao cair de atração em 2012, diz após trava se soltar que parque só 'visa ao lucro'

São Paulo|Do R7

Gabriela Nichimura, morta em 2012 no Hopi Hari; e a nova falha no parque
Gabriela Nichimura, morta em 2012 no Hopi Hari; e a nova falha no parque Gabriela Nichimura, morta em 2012 no Hopi Hari; e a nova falha no parque

A mãe da garota que morreu em 2012 ao cair de um brinquedo do Hopi Hari, no interior de São Paulo, comentou nesta segunda-feira (13) a falha em uma montanha-russa do parque ocorrida no último sábado (11), quando uma trava de proteção se soltou e foi erguida por uma das pessoas que estavam na atração. 

O fato ocorreu quando o veículo da montanha-russa ainda subia, e ninguém ficou ferido. O risco de um acidente, no entanto, revoltou Silmara Nichimura, mãe de Gabriela Nichimura, garota que morreu aos 14 anos em 2012 em um brinquedo que funcionava como um elevador, chamado La Tour Eiffel.

"Como pode? Não aprenderam ainda", escreveu Silmara em uma rede social. "Em 2012 morreu minha filha linda e tão amada com apenas 14 aninhos em um brinquedo do Hopi Hari. "Como a lei brasileira é uma porcaria, tudo ficou por isso mesmo! E depois de tantos anos os mesmos erros. Mesmas falhas! Eles só visam ao lucro mesmo", disse. "Falta de respeito, amor e cuidados com o ser humano", completou.

Após a morte de Gabriela, funcionários do Hopi Hari pegaram uma pena de dois anos e oito meses de prisão, que foi revertida em serviços comunitários e pagamento de salários mínimos a uma entidade assistencial. Segundo o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, o entendimento foi que eles "se omitiram ao deixar de tomar os cuidados para impedir a utilização da cadeira — desativada havia mais de dez anos —, que não possuía cinto de segurança e que havia apresentado problemas no colete de proteção no dia do incidente”.

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O proprietário do parque também foi processado, mas o ex-ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Triunal Federal), acabou arquivando o processo por entender que apenas o fato de ser proprietário não seria suficiente para apontá-lo como culpado e que ele esperava, ao deixar o parque sob os cuidados dos funcionários, que todas as normas de segurança seriam seguidas.

A família de Gabriela acabou fazendo um acordo de indenização, cujos valores não foram divulgados.

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Nova falha

A nova falha no parque Hopi Hari, localizado em Vinhedo, às margens da Rodovia dos Bandeirantes, ocorreu em uma trava de segurança da montanha-russa Montezum. O parque informou que o caso aconteceu por volta das 17h40 e a atração não foi reaberta até o fim do dia.

Com o vídeo da ação circulando nas redes sociais, internautas relatam preocupação quanto à segurança no parque. Na filmagem é possível notar que o homem levanta os braços com a trava para chamar a atenção dos funcionários. Todos os ocupantes da atração fazem o sinal de segurança ensinado pelo parque.

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Em nota enviada ao R7, o Hopi Hari confirmou o ocorrido e disse que, ainda no princípio da primeira subida da atração, o visitante sinalizou a necessidade de parada, fazendo o sinal de "X" com os braços acima da cabeça (protocolo utilizado em todas as atrações do parque quando um visitante, por alguma razão, solicita a parada do brinquedo), e imediatamente a equipe responsável pela operação suspendeu o ciclo e iniciou a análise da ocorrência.

Além disso, a assessoria do parque informou que a atração foi reaberta e opera normalmente nesta segunda-feira (13).

A montanha-russa Montezum é considerada a maior montanha-russa de madeira da América Latina, além de ser a maior no Brasil nos quesitos extensão, altura, queda e velocidade. O brinquedo é a principal atração do parque.

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