Morreu na madrugada deste sábado (28) a ativista e estilista Vana Lopes, a primeira vítima que denunciou os abusos do ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra 37 mulheres. A pena foi diminuída posteriormente para 173 anos de prisão.
Vana morreu em decorrência de um câncer de mama, descoberto há quatro anos. Ela era fundadora do grupo Vítimas Unidas.
A atual presidente do grupo, Maria do Carmo Santos, comunicou o falecimento pelo Facebook:
Segundo Maria do Carmo, em seus últimos meses de vida Vana "continuou a luta pelo Projeto de Lei do Estatuto da Vítima (PL 3890/20), que tem o intuito de humanizar, educar e evitar a revitimização de pessoas vulneradas em seus direitos".
A ativista também lutava pela ajuda a vítimas de outros criminosos como João de Deus. Em entrevista ao R7, ela afirmou que recebia ameaças de morte. "Essas pessoas são perigosas", disse, em 2019.
Vana Lopes morava em Portugal e era casada com Jorge Duarte. Deixa uma filha, uma neta e uma bisneta. Detalhes sobre velório e enterro ainda não foram divulgados.