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Motorista de Porsche envolvido em acidente fatal pede habeas corpus ao STJ

Fernando Sastre de Andrade Filho teve a prisão decretada na sexta-feira pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mas está foragido

São Paulo|Do R7

Empresário que dirigia um Porsche causou a morte de um motorista de aplicativo (Reprodução/RECORD)

Os advogados que defendem o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho apresentaram, na noite de domingo (5), um pedido de habeas corpus ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília, dois dias após o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) decretar a prisão dele, que está foragido desde então. A ação será julgada na terça-feira (7).

No pedido, a defesa diz que a decisão liminar da Justiça paulista não leva em conta que o motorista do Porsche envolvido no acidente fatal que tirou a vida de Ornaldo da Silva Viana já estava cumprindo oito medidas cautelares previamente impostas. Três pedidos de prisão anteriores haviam sido negados.

No dia 29 de abril, o Ministério Público denunciou o condutor do Porsche por homicídio doloso qualificado (pena de 12 a 30 anos de reclusão) e lesão corporal gravíssima (que pode elevar a pena total em um sexto), ambos na modalidade dolo eventual. O último crime é porque o passageiro do carro de luxo, amigo de Andrade Filho, ficou ferido.

Uma perícia revelou que o Porsche estava a mais de 150 km/h na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, na madrugada de 31 de março, pouco antes de atingir o Renault Sandero dirigido por Viana.

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Após a batida, o motorista, de 24 anos, foi retirado do local do acidente pela mãe, após ela convencer os policiais militares de que o levaria a um hospital na região, o que nunca ocorreu. A PM também não realizou o teste do bafômetro. Passado o período de uma eventual prisão, Fernando Sastre Filho se apresentou a uma delegacia e passou a responder em liberdade.

A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) admite que houve erro de procedimento dos PMs e há uma investigação aberta para apurar as responsabilidades deles.

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No pedido de prisão aceito pelo TJ na sexta-feira (3), o recurso da Promotoria alega que o empresário figura em outros dois boletins de ocorrência envolvendo acidentes automobilísticos. Em um desses registros, consta a informação de que ele atingiu dois motociclistas com seu veículo.

Testemunhas afirmam que ele havia bebido antes de dirigir o Porsche, o que Andrade Filho nega. O único depoimento a favor dele neste sentido foi o da namorada, o que serviu também de argumento para o MP, no sentido de dizer que ela foi convencida.

O amigo ferido e a namorada dele declararam à polícia que Fernando ingeriu drinks com bebidas destiladas naquela noite.

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