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MP-SP analisa possível concessão do complexo do Ibirapuera

Órgão afirmou que avalia possível irregularidade em construção de novos empreendimentos no complexo, como shopping center e escritórios

São Paulo|Elizabeth Matravolgyi, da Agência Record

Vista aérea do Complexo do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo
Vista aérea do Complexo do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo Vista aérea do Complexo do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo

Na iminência da reestruturação de parte do Complexo do Ibirapuera para dar lugar a um shopping center e escritórios, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) pediu ao governo estadual de São Paulo informações sobre a concessão da área onde está o Conjunto Desportivo Constância Vaz Guimarães.

Leia mais: SP dá início a processo de concessão do Complexo do Ibirapuera

Em nota, o MP também afirmou que, mesmo após o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) negar o tombamento do local, o órgão está analisando outras possíveis restrições legais que impediriam a construção de novos empreendimentos no complexo.

Segundo o edital de privatização do complexo, no lugar da pista de atletismo deverá ser criada uma arena multiuso com capacidade para 20 mil pessoas. A nova estrutura receberia eventos esportivos e culturais. Já o ginásio do Ibirapuera seria transformado em um shopping center, enquanto que no lugar do complexo aquático seria construída uma torre comercial anexa a um hotel.

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A expectativa é que a empresa que tomará conta do complexo seja escolhida em fevereiro de 2021. Atualmente, o complexo abriga o Ginásio do Ibirapuera, o Conjunto Aquático, o Estádio Ícaro de Castro Melo, o ginásio poliesportivo e o palácio de judô. Juntas, as estruturas têm capacidade para aproximadamente 33 mil pessoas.

Em reunião virtual, os conselheiros decidiram por 16 votos a 8 em não levar adiante o processo que pedia o início do processo de tombamento. Dessa forma, é possível dar continuidade ao projeto de concessão do centro esportivo, que foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo no ano passado.

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Docentes e pesquisadores da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) realizaram uma carta aberta e um abaixo assinado contra a privatização do Conjunto Esportiva Constâncio Vaz Guimarães.

"O projeto, tal como estruturado, representa séria ameaça à integridade física e ao funcionamento de um equipamento esportivo que, além de ser muito utilizado na formação de atletas no Brasil, é constitutivo da história da cidade de São Paulo e realização fundamental da história da arquitetura brasileira. Além disso, tem um grande valor de uso e afetivo pela comunidade esportiva que dele faz intenso uso desde os anos 1950", segundo o abaixo-assinado.

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