A Escola Estadual Raul Brasil, alvo de um massacre que deixou dez mortos em março passado, passará por uma grande reforma entre setembro e o início de 2020. “Vai ser uma mudança muito grande”, revelou Rodrigo Ashiuchi, prefeito da cidade, em entrevista exclusiva ao R7. As obras serão custeadas numa parceria com a iniciativa privada e sem gastos de verba pública.
O prefeito, que esteve recentemente com o governador João Doria em reunião sobre a reforma, reafirmou os prazos de entrega e deu detalhes das obras que devem acontecer nos próximos cinco meses.
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“O secretário [de Educação] Rossieli [Soares] está tocando o projeto com o governador [João] Doria. Não haverá verba pública, mas o acompanhamento, verificação e aprovação – decidindo o melhor caminho para as obras – têm a mão forte do Governo do Estado e o nosso apoio”, afirmou.
Visando mudar o cenário de um crime brutal que chocou o Brasil e abalou a cidade de quase 300 mil habitantes, a reforma será custeada principalmente por empresas locais, que ainda avaliam os possíveis investimentos.
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“Nós (prefeito e governador) vimos a cena in loco, logo após o ataque, com os corpos no chão. Foi a pior cena que vimos na vida. Aquela imagem também ficou na cabeça dos alunos e professores”, começou o Ashiuchi. Para evitar os traumas e deixar as imagens cada vez mais distantes da mente de quem viveu o massacre, ele completa, a obra “vai mudar a entrada da escola, a disposição das salas, os jardins... E o centro de línguas terá um prédio novo. Esperamos com isso minimizar o sofrimento com tudo que aconteceu no Raul Brasil”. Outras alterações na escola ainda serão definidas.
Segundo ele, a previsão é de que as obras comecem ainda em setembro e terminem ao início do ano letivo em 2020 – entre janeiro e fevereiro.
Até o momento, os valores e as ações propostas para as obras não foram divulgados oficialmente. A reportagem do R7 procurou pela assessoria de imprensa do Governo do Estado, que confirmou a reforma, mas preferiu não divulgar mais detalhes.
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A Prefeitura de Suzano informou também que as empresas que poderão participar do projeto são Suzano S.A., MRV Engenharia, Paradise Golf Club, Nadir Figueiredo e International Paper do Brasil.
Primeiras mudanças
Menos de uma semana após o 13 de março, a E.E. Raul Brasil passou por uma pequena reforma, com pinturas na fachada e nas salas de aula, a fim de alterar com caráter de urgência o ambiente onde havia ocorrido o massacre, além de podas nas árvores e trocas de portas.
Posteriormente, para a garantia de segurança na escola, mais câmeras e um interfone para controlar as entradas de não alunos foram instalados no local, que, agora, mantém seus portões fechados nos períodos de aula e só os abre para momentos de entrada e saída dos estudantes.