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Nova droga, a K9, causadora do 'efeito zumbi', vem agravar ainda mais o cenário na Cracolândia 

 O usuário busca relaxamento, mas vai se deparar com vômitos, ansiedade, psicose, pensamentos suicidas – e atitudes violentas

São Paulo|Marco Antonio Araujo, do R7


Sob efeito da K9, usuários assaltam farmácia na região central de São Paulo
Sob efeito da K9, usuários assaltam farmácia na região central de São Paulo

É um pesadelo sem fim. A Cracolândia atingiu um estágio que parece fugir à capacidade de ser enfrentada pelo poder público a curto e médio prazos. Nesse cenário de caos, vandalismo e violência, surge uma nova droga, a K9. Já podemos presenciar o estrago causado pela substância. A situação deve piorar.

A K9 é como uma maconha sintética, uma mistura de produtos químicos industriais com moléculas artificiais pulverizados sobre qualquer tipo de erva seca — como capim. A droga pode ter efeito (apelidado de “zumbi”) cem vezes mais potente que a planta original.

A supermachona é devastadora. O usuário busca relaxamento, mas, certamente, conforme o uso se torna contínuo, vai se deparar com vômitos, ansiedade extrema, psicose, pensamentos suicidas — e atitudes violentas. A dependência química acaba sendo estimulada pelo baixo preço: na região, é possível achar o entorpecente por R$ 5.

Moradores e comerciantes estão sitiados pelo fluxo de dependentes. Dezenas de lojas foram fechadas nos últimos meses. Os que resistem constatam uma queda expressiva no movimento. Aqueles que moram nas imediações evitam transitar pelas ruas desacompanhados e vivem enclausurados em suas casas.

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Em seus 30 anos de existência, a Cracolândia nunca esteve num grau de descontrole tão acentuado. Os governos estadual e municipal correm atrás de soluções para a área, mas sempre esbarram em uma realidade complexa, agravada pela crise econômica e efeitos pós-pandêmicos. Questões de segurança se misturam com as de saúde pública, urbanismo e obstáculos legais.

A K9 só veio piorar o que estava péssimo.

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