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Polícia Civil investiga clínica clandestina por tortura e maus-tratos em Itapevi, na Grande SP

Cerca de 60 pacientes entre 17 e 60 anos foram resgatados vivendo em condições desumanas na tarde deste domingo (5)

São Paulo|Letícia Dauer, do R7


Pacientes entre 17 e 60 anos viviam em condições desumanas em clínica clandestina
Pacientes entre 17 e 60 anos viviam em condições desumanas em clínica clandestina

Cerca de 60 pacientes foram resgatados de uma clínica clandestina na área rural de Itapevi, na região metropolitana de São Paulo, na tarde deste domingo (5). A Polícia Civil também investiga episódios de tortura relatados pelas vítimas.

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De acordo com o delegado Adair Marques, da Delegacia Seccional de Carapicuíba, a clínica de reabilitação para dependentes químicos funcionava de forma irregular sem a autorização da prefeitura.

"Pelo menos 60 internos, de 18 a 70 anos, estavam vivendo em um cubículo. Não tinha água potável, e a comida era escassa. O local era inapropriado para acolher esse número de pessoas", contou o delegado ao R7.

Clínica funcionava em Itapevi
Clínica funcionava em Itapevi

Neste domingo, o familiar de um paciente decidiu visitá-lo, e descobriu as condições desumanas em que vivia. Após receber a denúncia, a prefeitura com apoio da polícia lacrou a clínica.

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Quando as equipes chegaram no local, os pacientes estavam completamente sozinhos e desassistidos. Segundo Adair Marques, não tinha nenhum enfermeiro ou responsável pela clínica trabalhando. Um dos internos - sem nenhum conhecimento técnico em saúde - foi encontrado cuidando do grupo.

Na delegacia, alguns pacientes prestaram depoimento e relataram diversos episódios de tortura que eram aplicados como forma de "correção". “O último caso aconteceu dois dias atrás. Eles esticavam a mão dos internos e batiam com um de pedaço de madeira na mão”, exemplificou o delegado.

Um inquérito policial vai ser instaurado para apurar as denúncias de maus-tratos e tortura. Três administradores da clínica foram identificados, e até o momento não foram localizados. A Polícia Civil também vai solicitar a prisão temporária à justiça.

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