A Prefeitura de São Paulo irá usar um macaco hidráulico para reerguer o viaduto Jaguaré, na marginal Pinheiros, zona oeste da capital, que cedeu na última quinta-feira (15). Para a realização da obra, serão colocadas dez estacas (duas já foram posicionadas) entre o solo e a estrutura viária.
Segundo o secretário municipal de Obras, Vitor Aly, a ideia é posicionar os macacos para elevar o viaduto até o nível em que estava antes. A obra será feita a partir de um contrato emergencial, sem valores e a ser negociado. “Vamos construir uma estrutura de reação para que possa dar uma elevação à estrutura”, disse, sem mencionar prazos.
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Aly contou que já foi feito 100% do escoramento necessário na obra, além da abertura de uma espécie de janela, na qual técnicos e engenheiros puderam avaliar a estrutura internamente. Está prevista para hoje à tarde uma nova visita para decidir como será feita a nova etapa de obras no local.
Segundo o secretário, a chuva que atingiu a capital paulista no fim de semana não comprometeu a estrutura. No entanto, cerca de cinco milímetros cederam na madrugada desta segunda-feira (19). “A movimentação está dentro do esperado”, relatou.
O prefeito, Bruno Covas (PSDB), disse que irá solicitar ao TCM (Tribunal de Contas do Munícipio) um contrato emergencial para a realização dos laudos estruturais de todas as 185 pontes e viadutos da cidade. “A vistoria visual que sempre foi feita na cidade se mostrou incompleta e insuficiente. Precisamos, agora, de um laudo mais estruturante”, comentou. No dia do acidente, porém, Covas mencionou que “não havia nenhuma indicação ou possibilidade de que isso fosse acontecer”.
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Segundo o secretário Aly, o projeto do viaduto Jaguaré não é da gestão Covas. “É da década de 1970. Estamos ainda procurando os documentos e laudos”, comentou.
Enquanto isso, o secretário municipal de Transportes, João Octaviano, relatou dez interdições para os próximos 20 dias na marginal Pinheiros, com o intuito de liberar a via expressa da pista. De acordo com o projeto, canteiros serão usados como acessos entre as pistas expressa, central e local: “vamos eliminar o efeito funil”.
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O plano emergencial da prefeitura foi anunciado na manhã de hoje, logo após a primeira reunião presencial do comitê de gerenciamento de crise. O encontro, que durou quase três horas, reuniu o prefeito, secretarias de Transportes, Infraestrutura Urbana, Subprefeituras, Segurança Urbana, Fazenda, Justiça e Comunicação, além da subprefeitura do Ipiranga, o chefe de gabinete da Polícia Militar de São Paulo e da procuradoria-geral do município.