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São Paulo: ex-PM acusado de chacina na Pavilhão Nove vai a júri

Julgamento foi retomado nesta quinta-feira (27) pela Justiça de São Paulo. Na ocasião, oito pessoas foram mortas, em abril de 2015

São Paulo|Letícia Dauer, da Agência Record

Sede da Pavilhão Nove, onde ocorreu a chacina que deixou oito mortos em SP
Sede da Pavilhão Nove, onde ocorreu a chacina que deixou oito mortos em SP Sede da Pavilhão Nove, onde ocorreu a chacina que deixou oito mortos em SP

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) retomou nesta quinta-feira (27) o julgamento do ex-policial militar Rodney Dias dos Santos, acusado de participar da chacina que resultou na morte de oito pessoas na sede do Pavilhão Nove, uma das torcidas organizadas do Corinthians, em abril de 2015.

Como o julgamento foi interrompido no fim do mês passado, após uma testemunha de acusação ameaçar o réu de morte, a juíza Giovanna Christina Colares, da 5ª Vara do Júri, decidiu retomar o processo do zero. Portanto, nesta quinta, serão ouvidos os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa, além de o ex-PM.

Todos os depoimentos ouvidos anteriormente foram descartados, ainda segundo o TJ-SP.

O outro réu no caso, o soldado da Polícia Militar Walter Pereira da Silva, foi impronunciado pela Justiça em dezembro de 2017. Isso significa dizer que ele não será julgado uma vez que a juíza entendeu não haver indícios de que ele tenha participado da chacina. Segundo a sentença de pronúncia, ele não irá a júri popular. Não é possível dizer se o policial é inocente ou não. O documento apenas informa que ele não passará por julgamento.

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A reportagem busca contato com a defesa dos acusados.

Entenda o caso

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O ex-PM e o PM são suspeitos de terem cometido uma chacina, que terminou com oito mortos, na sede da torcida organizada corintiana Pavilhão Nove. De acordo com o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), no dia 18 de abril de 2015, Rodney e Walter, acompanhados de um outro homem não identificado, foram até a sede da Pavilhão Nove, na ponte dos Remédios (zona oeste de São Paulo), e renderam todos que estavam no local. A sede recebia mais pessoas do que o habitual porque horas antes havia ocorrido um campeonato de futebol entre integrantes da torcida.

Quando os suspeitos chegaram no local, tentaram render todos os presentes. No entanto, alguns tocedores teriam conseguido fugir. Oito continuaram dentro da sede. Eles tiveram que deitar no chão e colocar as mãos na cabeça. O trio, então, teria matado todos.

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Segundo as investigações, o crime teria ocorrido porque o ex-policial militar teria um desafeto com uma das vítimas, conhecida como Dumemo, em função de uma suposta disputa pelo tráfico de drogas na região do Ceasa (zona oeste de São Paulo) e pela liderança da Pavilhão Nove. Os outros sete teriam sido mortos para que não houvesse testemunhas do crime.

A juíza Giovanna Christina Colares, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, havia intimado dez testemunhas para prestar depoimento perante os jurados, sendo eles: cinco de acusação, três de defesa (que são protegidas), além de outras duas pessoas que foram indicadas pela defesa e acusação.

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