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Tatuzão operava desde dezembro no local do acidente do Metrô

Previsão era que o equipamento percorresse 10 quilômetros nas obras da Linha 6-Laranja, em São Paulo

São Paulo|Do R7


Tatuzão partiu de poço no Tietê e chegaria a outro no centro
Tatuzão partiu de poço no Tietê e chegaria a outro no centro

O tatuzão, equipamento de perfuração de túneis, operava no local do acidente desta terça-feira (1º) desde 16 de dezembro, e previa-se que ele percorreria 10 quilômetros nas obras da Linha 6-Laranja do Metrô. Uma estrutura do canteiro de obras desmoronou, atingindo parte das pistas da marginal Tietê, que segue interditada.

A tuneladora, nome técnico do equipamento, começou a escavação em um evento que contou com a presença do governador João Doria (PSDB). O tatuzão partiu do VSE (poço de ventilação e saída de emergência) Tietê e chegaria a outro VSE, na avenida Senador Felício dos Santos, no centro.

Nos próximos meses, o equipamento percorreria 10 quilômetros entre as estações Santa Marina e São Joaquim. Pesando 2.000 toneladas, cada tatuzão possui diâmetro de 10,61 metros e extensão de 109 metros, de acordo com especificações da empresa responsável pela obra. Sua capacidade de perfuração é de aproximadamente 12 a 15 metros por dia.

A concessionária, o governo e os bombeiros ainda não informaram o que causou o desmoronamento desta terça-feira. A Secretaria de Transportes Metropolitanos declarou que as causas serão apuradas, assim como a extensão dos danos à obra e às vias locais.

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Para a operação do tatuzão, são necessárias aproximadamente 50 pessoas, divididas em três turnos de trabalho, informou a Acciona. A máquina possui refeitório, cabine de enfermagem, esteira rolante para a retirada do material escavado, cabine de comando e equipamentos auxiliares.

A previsão do governo paulista era que outro tatuzão começasse a trabalhar ainda no primeiro semestre deste ano no sentido inverso, do centro para a zona norte.

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"Essa obra foi um desafio. Quando assumimos o governo, tínhamos 30 grandes obras paradas no estado. Encontramos uma solução jurídica, e o resultado está aqui. Quando se quer, resumimos todas as dificuldades a uma expressão: 'vamos fazer'", disse o governador João Doria em dezembro.

"O início da operação do tatuzão é um momento emblemático nas obras da Linha 6-Laranja, considerado o maior empreendimento em infraestrutura na América Latina", acrescentou na data o secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli.

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Obra ficou parada por 4 anos e foi retomada por empresa espanhola

A previsão é que a Linha 6-Laranja do Metrô interligue o bairro da Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, na região central da capital. A obra tem 15 quilômetros de extensão e deve abarcar a construção de 15 estações. De acordo com os planos do governo do estado, a linha, quando estiver pronta, deverá transportar 630 mil passageiros por dia.

A obra é fruto de uma parceria público-privada (PPP) do governo com a concessionária Linha Universidade. As obras estão sendo executadas pelo braço de construção do grupo Acciona. Depois de finalizada a obra, a Linha 6 deverá ser operada pela Linha Uni por 19 anos.

Paradas por quatro anos, desde setembro de 2016, as obras foram reiniciadas em outubro de 2020. O contrato da implantação, manutenção e operação da linha foi comprado pela empresa espanhola Acciona em 2019. Antes, ele era do consórcio Move São Paulo (formado pela Odebrecht TransPort, pela Queiroz Galvão e pela UTC Engenharia).

Embora o contrato do consórcio anterior tenha sido assinado em 2013, as obras foram iniciadas apenas em abril de 2015 e interrompidas no ano seguinte. Em 2008, o estado chegou a noticiar que a linha começaria a operar de forma parcial em 2012 e integralmente três anos depois.

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