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Aborto espontâneo, como de Heloísa Wolf, ocorre em 20% das gestações

Esposa de Eduardo Bolsonaro postou que teve o problema na 9ª semana de gravidez; médico afirma que dois terços dos casos ocorrem até a 12ª semana

Saúde|Aline Chalet, do R7*

Heloísa Wolf passou por aborto espontâneo na 9ª semana de gestação
Heloísa Wolf passou por aborto espontâneo na 9ª semana de gestação Heloísa Wolf passou por aborto espontâneo na 9ª semana de gestação

O aborto espontâneo ocorre em 20% das gestações, segundo o ginecologista André Malavasi, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo, assim como escreveu a psicóloga Heloísa Wolf, 27, esposa do deputado Eduardo Bolsonaro, em sua página do Instragram. Ela revelou ter tido um aborto espontâneo na 9ª semana de gestação.

Mas, diferentemente do que Heloísa também escreveu, o aborto espontâneo pode ocorrer até a 20ª semana de gravidez, e não até as 22ª, pois, após esse período, já é considerado óbito fetal, de acordo com o médico. Malavasi explica que dois terços dos abortos espontâneos ocorrem no primeiro trimestre da gestação.

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Segundo o ginecologista, os abortamentos são multifatoriais, ou seja, podem ocorrer por diversos motivos. A causa mais frequente são as cromossomopatias, mutação na quantidade de cromossomos, que pode ser herdada dos pais ou acontecer na concepção e formação do gameta.

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“A chance de acontecer uma cromossomopatia é inversamente proporcional à idade gestacional. Os abortos que acontecem após à 12ª semana são principalmente por causas anatômicas ou imunológicas”, afirma o ginecologista. A incompetência istmo cervical, por exemplo, é uma causa anatômica, quando o colo do útero não consegue segurar o embrião", acrescenta.

Segundo Malavasi, a idade da mãe interfere na chance de abortamento. Isso porque os melhores óvulos são os primeiros a serem recrutados nas ovulações. Com o tempo, os óvulos perdem qualidade. Ele afirma que depois dos 40 anos a chance de abortamento aumenta de 20 a 30 vezes.

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A maior parte dos abortos espontâneos não exigem intervenções médicas. Malavasi afirma que há cerca de 30 anos a curetagem, cirurgia que utiliza uma colher metálica para retirar restos da placenta do útero da mulher, era um procedimento de rotina em casos de abortamento.

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Hoje, os médicos esperam um mês antes de intervir e, na maioria dos casos, utilizam um método menos invasivo. A Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) faz a retirada por meio de um tubo plástico que aspira o órgão. O ginecologista explica que esse método tem menos risco de causar perfurações e infecções.

Em casos de aborto retido, quando o embrião permanece no útero e o corpo não dá sinais de expulsão, a paciente é tratada com remédios que estimulam a contração. “Nesses casos, como a paciente já está internada, nós não esperamos um mês. Se forem identificados resíduos do aborto no ultrassom, fazemos a AMIU”, afirma.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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