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Nanismo é risco da gravidez, diz bióloga sobre caso do sêmen doado

Russa utilizou esperma de doador de 1,80 m e processou clínica após dar à luz um bebê anão; prever mutação que causa nanismo é impossível, diz bióloga

Saúde|Aline Chalet, do R7*

Cerca de 80% dos casos de acondroplasia ocorrem em famílias sem antecedentes
Cerca de 80% dos casos de acondroplasia ocorrem em famílias sem antecedentes Cerca de 80% dos casos de acondroplasia ocorrem em famílias sem antecedentes

Uma mulher, na Rússia, processou o banco de sêmen dinamarquês Cryos após utilizar esperma doado e dar à luz um bebê anão. Ela havia escolhido um perfil de doador loiro, mais de 1,80 m e formação universitária. As informações são do jornal britânico The Mirror.

A acondroplasia, tipo mais comum de nanismo, pode ser desenvolvido por qualquer pessoa e ocorre em 1 a cada 20 mil gestações, segundo a bióloga Carla Rosenberg, especializada em genética e professora-associada do curso de biologia genética da USP. 

Ela explica que 80% dos casos de acondroplasia ocorrem em gestações em que nem o pai nem a mãe possuem antecedentes familiares. Esses casos acontecem nos desenvolvimento das células reprodutivas por erros na divisão delular. "Todas as pessoas estão expostas ao risco de apresentar esse tipo de mutação. Além disso, o gene pode ter vindo do óvulo, não necessariamente veio do esperma”, afirma a bióloga.

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Segundo ela, a acondroplasia possui um padrão autossômico dominante, o que significa que apenas um dos genes, do pai ou da mãe, precisa apresentar a alteração para que o nanismo se manifeste. A professora explica que a identificação prévia da mutação é impossível. “A única maneira de saber se o esperma possui a mutação seria destruindo a célula e aí ele não poderia ser mais utilizado”, diz.

Na opinião da professora, o banco de sêmen poderia ser cobrado apenas por não ter informado que a mulher corria esses riscos, já que são fatores que fogem do controle da empresa. “É importante que as pessoas se deem conta de que não existe garantia de filho perfeito. Quando você engravida, você tem esse risco”, explica.

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Carla explica que essa mutação é uma das mais incomuns. "A frequência do autismo, por exemplo, é bem maior, de 1 em 70 casos, e de deficiências intelectuais, de 1% a 3%. Filhos de pessoas com acondroplasia têm 50% de chance de desenvolverem o problema", explica.

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É possível detectar a mutação por exame de DNA antes dos 3 meses de gestação. A professora explica que, dada a baixa frequência de acondroplasia, esse não é um teste padrão. Por meio do exame de ultrassom, o encurtamento dos membros e características faciais típicas se tornam aparentes a partir de 22 semanas de gestação.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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