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Anvisa revoga resolução que proibia doação de sangue por homens gays

Ato publicado no Diário Oficial da União cumpre determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), que considera o impedimento discriminatório

Saúde|Do R7, com Agência Brasil

STF (Supremo Tribunal Federal) considerou o impedimento discriminatório
STF (Supremo Tribunal Federal) considerou o impedimento discriminatório STF (Supremo Tribunal Federal) considerou o impedimento discriminatório

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revogou nesta quarta-feira (8) a determinação que restringia a doação de sangue por homossexuais do sexo masculino. Segundo a medida agora revogada, homens que mantiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses eram considerados inaptos para doações. 

O ato, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, cumpre determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), que considera o impedimento discriminatório.

Em julgamento realizado em maio, o STF decidiu que a restrição é inconstitucional. Sobre o tema, a maioria do ministros acompanhou o relator, Edson Fachin. Em seu voto Fachin destacou que não se pode negar a uma pessoa que deseja doar sangue um tratamento não igualitário, com base em critérios que ofendem a dignidade da pessoa humana.

O ministro acrescentou que para a garantia da segurança dos bancos de sangue devem ser observados requisitos baseados em condutas de risco e não na orientação sexual para a seleção dos doadores, pois configura-se uma "discriminação injustificável e inconstitucional".

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Histórico

No texto de uma resolução de 2014, referente às "boas práticas do ciclo do sangue" (RDC Nº34), a Anvisa definia que homens que tiveram relação sexual com indivíduos do mesmo sexo deveriam ser impedidos de doar sangue por um ano após a prática sexual. O impedimento se estendia também a eventuais parceiras sexuais desses homens.

Veja: 'Meu sangue não vale menos', diz ativista

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5543, que provocou o STF foi ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que questionou a proibição.

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