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Após 3 meses na UTI, gêmeo siamês de Goiânia recebe alta e deixa hospital nesta quarta-feira

Para trocar os curativos, Heitor Brandão ainda vai permanecer em Goiânia por 10 a 15 dias

Saúde|Fabiana Grillo, do R7

Heitor Brandão recebe a tão sonhada alta do hospital
Heitor Brandão recebe a tão sonhada alta do hospital Heitor Brandão recebe a tão sonhada alta do hospital

Após 92 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica do Hospital Materno Infantil, em Goiânia, o gêmeo siamês Heitor Brandão, de seis anos, se despede do hospital e da equipe médica nesta quarta-feira (27). Segundo o cirurgião pediátrico responsável pelo pequeno paciente, Zacharias Calil, o estado de saúde do menino é bom, sem restrição alimentar e uso de medicamentos.

— Ele vai permanecer mais alguns dias, entre 10 a 15 dias, em Goiânia, para a troca de curativos a cada dois dias no hospital e a finalização do período de cicatrização.

A mãe Eliana Brandão, 38 anos, já está na contagem regressiva para retornar ao seu lar em Riacho de Santana, na Bahia.

— Estamos animados e cada vez mais próximos de voltar para casa. Mais uma etapa foi vencida e daqui para frente é vida nova.

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Durante esses dias, o garoto e a família ficarão hospedados na Casa do Interior, abrigo de apoio da OVG (Organização das Voluntárias de Goiás), onde eles foram recebidos desde o início do tratamento.

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Daqui para frente, Heitor vai precisar voltar a Goiânia em três meses para uma nova consulta e, depois, semestralmente para acompanhamento médico. Como o menino ficou apenas com a perna esquerda, vai se locomover por meio de cadeira de rodas, explicou Calil.

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— Futuramente, a implantação de uma prótese vai ajudá-lo, mas ainda não nesse momento. Além disso, para fortalecer a perna e estimular a musculatura torácica, Heitor vai precisar de fisioterapia diária.

Como o menino também não tem órgão genital, vai continuar usando a bolsa de colostomia para fazer as necessidades fisiológicas. Em entrevista recente ao portal R7, Eliana disse que ele já se acostumou, mas “daqui para frente vamos correr atrás de tudo o que for possível para ele ter uma vida melhor”.

Apesar de todas as limitações, Calil, que é coordenador da equipe médica que acompanha o caso dos siameses, garantiu que Heitor não precisa de acompanhamento psicológico.

— Não é necessário. Ele superou bem.

Entenda o caso

Desde que descobriu que sua gravidez era de gêmeos siameses, Eliana se mudou de Riacho de Santana, na Bahia, para Goiânia, onde seria acompanhada por renomados especialistas no assunto. Heitor e Arthur nasceram unidos pelo tórax, bacia e abdome, compartilhando fígado, intestino, bexiga e genitália.

A tão sonhada cirurgia só aconteceu cinco anos após o nascimento dos meninos porque “eles eram muito magrinhos e não tinham pele suficiente para usarmos no fechamento do abdome, tórax e bacia”, contou Calil.

O procedimento ocorreu em 24 de fevereiro, foi acompanhado por 51 profissionais e durou mais de 14 horas. No entanto, Arthur desenvolveu uma síndrome inflamatória com febre de 42 graus sem apresentar melhora e morreu três dias após a cirurgia de separação.

Para a equipe médica, foi uma grande surpresa já que Arthur era maior do que o irmão e mais completo anatomicamente.

O caso dos gêmeos siameses de Goiânia ganhou repercussão nacional. Mesmo sem conhecê-los, pessoas de todos os Estados brasileiros enviam diariamente mensagens de força para tentar confortar o coração da família Brandão.

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