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Coronavírus ainda não chegou aos 'bairros operários', diz ministro

Luiz Henrique Mandetta ressaltou que doença chegou ao Brasil pelas classes mais altas e que agora 'passa um pouquinho agora na classe média'

Saúde|Fernando Mellis, do R7


Ministério trabalha em plano para comunidades
Ministério trabalha em plano para comunidades MARCOS VIDAL/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a pasta trabalha em um "plano de manejo para favelas e comunidades" na pandemia de coronavírus no país. O objetivo, disse, é conciliar os problemas sociais com o risco da covid-19 nessas localidades.

"Por enquanto, a gente pede às comunidades que continuem com o comportamento que estão. Segurem, não deixem entrar em espiral antes de o sistema estar mais preparado para atender, já que até agora ele [coronavírus] começou pelos ricos, pela classe A e B, ele passa um pouquinho agora na classe média, mas ele ainda não entrou nos grandes bairros operários do Brasil", disse Mandetta em entrevista coletiva nesta sexta-feira (3).

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O Rio de Janeiro é um dos estados do país que concentra uma das taxas mais altas de incidência do coronavírus: 6,4 por 100 mil habitantes (a média nacional é de 4,3 por 100 mil).


Este é um motivo de preocupação no ministério, dado que a região metropolitana da capital fluminense possui milhões de pessoas vivendo em comunidades. 

O principal desafio apontado pelos técnicos do Ministério da Saúde é a grande concentração de habitantes por residência, o que inclui, muitas vezes, jovens em contato permanente com idosos e doentes crônicos, que são os mais vulneráveis. 


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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, ressaltou que o SUS tem ajudado, neste momento, hospitais privados, onde a demanda é maior. Mas ponderou que esse movimento pode mudar.

"A rede privada também está precisando do Sistema Único de Saúde. Esta parceria é importante que aconteça. Em uma fase inicial, talvez o sistema público tenha que socorrer a iniciativa privada. Quando mudar o perfil [socioeconômico dos doentes], é possível que o SUS precise mais dos leitos privados."

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