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Injeção é capaz de reverter os efeitos de uma bebedeira; entenda

Cientistas descobriram que um hormônio produzido naturalmente pelo nosso corpo tem papel para reestabelecer, por exemplo, a consciência e a coordenação

Saúde|Do R7


Hormônio FGF21 é liberado quando ingerimos álcool
Hormônio FGF21 é liberado quando ingerimos álcool

Um grupo de cientistas nos Estados Unidos conseguiu reverter os efeitos da intoxicação por álcool usando um hormônio produzido pelo nosso organismo, o FGF21 (fibroblastos 21).

Em um estudo em camundongos, os pesquisadores do Centro Médico da Universidade Southwestern, no Texas, utilizou injeções de FGF21 em animais que haviam recebido doses de etanol. O artigo foi publicado nesta terça-feira (7) na revista científica Cell Metabolism.

Eles concluíram que essa administração farmacológica do hormônio reduziu o tempo necessário para os camundongos se recuperem da inconsciência e da falta de coordenação motora induzida pelo álcool.

"Mostramos ainda que, aumentando as concentrações de FGF21 ainda mais por injeção, podemos acelerar drasticamente a recuperação da intoxicação. O FGF21 faz isso ativando uma parte muito específica do cérebro que controla o estado de alerta", afirma em comunicado o autor sênior do estudo, Steven Kliewer.

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O FGF21 é produzido pelo nosso fígado e está envolvido principalmente no metabolismo de açúcares e gorduras.

Normalmente, quando bebemos, nosso fígado libera ainda mais quantidades deste hormônio, que suprime o desejo de continuar a ingestão de álcool.

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Estudos anteriores já apontam indícios de que o FGF21 pode servir como um regulador de feedback negativo para o consumo de álcool.

Os autores do estudo publicado hoje mostraram que esse hormônio desempenha um papel mais amplo do que se esperava na defesa dos efeitos prejudiciais do etanol no organismo, já que os camundongos sem FGF21 demoraram mais tempo para se recuperar da embriaguez.

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Eles identificaram que o FGF21 mediou seus efeitos anti-intoxicantes por meio da ativação de neurônios noradrenérgicos de uma região do cérebro que regula a excitação e o estado de alerta.

Isso sugere, na avaliação dos autores, que o eixo fígado-cérebro evoluiu para gerar proteção contra a intoxicação induzida pelo álcool.

Agora, os pesquisadores querem saber se essa ativação do sistema noradrenérgico contribuiu para outros efeitos do FGF21, incluindo os metabólicos e também na preferência por álcool e doces.

Eles também ressaltam que serão necessários mais estudos para saber se essa atividade anti-intoxicante do FGF21 também se reproduz em humanos.

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