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Pedido de registro da CoronaVac será apresentado hoje à Anvisa

Instituto Butantan e Sinovac Biotech se organizaram para entregar documentação simultaneamente a agências do Brasil e China

Saúde|Do R7

CoronaVac foi trazida ao Brasil por meio de parceria do Instituto Butantan
CoronaVac foi trazida ao Brasil por meio de parceria do Instituto Butantan CoronaVac foi trazida ao Brasil por meio de parceria do Instituto Butantan

O Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac Biotech devem formalizar nesta quarta-feira (23) o primeiro pedido de registro de uma vacina contra covid-19 no Brasil.

A documentação final será entregue à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e também ao órgão regulador equivalente na China.

No Brasil, a CoronaVac será submetida a dois processos: registro sanitário — via normal para autorização de um medicamento, que permite aplicação de forma mais abrangente; e e autorização de uso emergencial — modalidade que permite liberação da vacina para grupos selecionados somente durante a pandemia.

Esta última tem o prazo de dez dias para ter uma resposta da Anvisa. Já o registro sanitário é mais demorado.

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Também devem ser conhecidos hoje as conclusões da fase 3 dos estudos clínicos da CoronaVac, como taxa de eficácia e incidência de efeitos colaterais.

Os testes foram realizados com cerca de 11 mil voluntários da área da saúde em São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

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Leia também: Vacinas contra coronavírus já são estudadas desde antes da pandemia

Na segunda-feira (21), a Anvisa antecipou a publicação do certificado de Boas Práticas de Fabricação da Sinovac, dias após à inspeção da planta da empresa na China. Este é um dos pré-requisitos para a liberação de uma vacina.

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O Butantan prevê ter um total de 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro até o dia 31 de dezembro. Já o governo de São Paulo mantém a previsão de começar a vacinar em 25 de janeiro, dependendo, obviamente da decisão da Anvisa.

Uma alternativa, caso a agência não se posicione, é utilizar a lei 14.006/2020, aprovada no começo do ano, que permite o uso de vacinas autorizadas por órgãos reguladores dos Estados Unidos, União Europeia, Japão ou China.

Desta forma, se o registro regular for aprovado antes na China, isso permitiria aos desenvolvedores da vacina solicitar análise da Anvisa, que legalmente tem o prazo de 72 horas para se manifestar.

O Ministério da Saúde, após um recuo,decidiu pela compra de doses da CoronaVac para uso no PNI (Programa Nacional de Imunizações). Mesmo assim, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mantém acordos individuais com estados.

A vacina

A CoronaVac é uma vacina que utiliza uma versão inativada do coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19. O produto foi desenvolvido pelo laboratório privado Sinovac Biotech, sediado em Pequim, na China.

A empresa já era parceira do Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, em outros projetos. A parceria em relação à CoronaVac foi firmada em 10 de junho.

Sinovac trabalha em vacina contra coronavírus desde 2004
Sinovac trabalha em vacina contra coronavírus desde 2004 Sinovac trabalha em vacina contra coronavírus desde 2004

A tecnologia de vírus inativada é amplamente utilizada pelo Butantan há décadas.

Também existe a vantagem da temperatura de armazenamento (de 2°C a 8°C), que permite a distribuição no Brasil sem investimentos adicionais na chamada cadeia de frio.

A Sinovac começou a partir de 2004 os primeiros estudos para uma vacina contra o primeiro coronavírus SARS-CoV-1, que provocou uma epidemia na Ásia um ano antes.

Logo que o SARS-CoV-2 emergiu, o laboratório direcionou a linha de pesquisa para esse vírus, cujo genoma tem 80% de semelhança com o SARS-CoV-2.

O laboratório chinês tem encomendas da CoronaVac para governos da Arábia Saudita, Hong Kong, Indonésia, Filipinas, Turquia e Chile.

Além disso, a vacina da Sinovac é utilizada também na China de maneira emergencial para grupos de risco da covid-19 e trabalhadores da saúde.

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