Rússia entrega documentos prévios para registro de vacina no país
Segundo Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, produção da Sputnik V no Paraná será lançada em breve, com transferência de tecnologia
Saúde|Do R7
![A Sputnik V é a 1ª vacina contra covid-19 a obter autorização regulatória no mundo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/EY3MQLLP4NOIJIC47OJXVLW3MA.jpg?auth=9ad32dc052e0ddf8dc7c7d79caae433d4149628eea0712b4d98950911d51759c&width=900&height=600)
O Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), a empresa União Química Farmacêutica Nacional e o governo do Estado do Paraná anunciaram nesta sexta-feira (30) que fizeram a pré-submissão de documentos preliminares para o registro da vacina contra covid-19 Sputnik V junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com comunicado, os documentos foram entregues à Anvisa na quinta-feira (29). A Sputnik V é a primeira vacina contra covid-19 a obter autorização regulatória no mundo, depois de o governo da Rússia lhe conceder registro em agosto, medida que gerou dúvidas em especialistas, já que o potencial imunizante ainda não teve seus testes em estágio avançado em humanos concluídos.
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"O RDIF e a União Química, com o apoio do governo do Paraná, cooperam de forma proativa com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, que tem desempenhado um papel fundamental e sensível para registrar, o quanto antes, a vacina Sputnik V no país", disse, segundo comunicado o presidente-executivo do RDIF, Kirill Dmitriev.
Ainda de acordo com o comunicado, será lançado "em breve" a produção em solo brasileiro das primeiras doses da Sputnik V, como parte do acordo de transferência de tecnologia entre o fundo russo e a União Química.
"O registro permitirá passar à produção, bem como à distribuição da vacina no território brasileiro em breve."
A Anvisa estabeleceu uma metodologia diferenciada de análise de registros de vacina contra a covid-19, no qual os documento são submetidos e revisados pelo órgão regulador de forma contínua, assim que se tornam disponíveis.
Normalmente, toda a documentação é entregue de uma vez só, ao término de estudos que visam comprovar a segurança e a eficácia do imunizante. O objetivo é acelerar a análise dos pedidos de registro em meio à pandemia.
A Anvisa já recebeu documentos das candidatas a vacina da farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e do potencial imunizante da chinesa Sinovac, que está sendo testada e será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, do governo do Estado de São Paulo.