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Ser otimista faz bem à saúde do coração, afirmam pesquisadores

Compilação de 15 estudos com mais de 229 mil pessoas mostra que visão positiva da vida reduz risco de infarto e AVC, além de influenciar a longevidade

Saúde|Deborah Giannini, do R7

A crença de que coisas boas vão acontecer pode refletir na saúde do coração
A crença de que coisas boas vão acontecer pode refletir na saúde do coração A crença de que coisas boas vão acontecer pode refletir na saúde do coração

Ser otimista faz bem à saúde do coração. Essa foi a conclusão da compilação de 15 estudos que analisaram o total de 229 mil pessoas publicada nesta sexta-feira (27) no periódico científico JAMA Network Open. Neste domingo (29), comemora-se o Dia Mundial do Coração.

O período médio de acompanhamento dos estudos foi de 13,8 anos - a variação foi de 2 a 40 anos. As pesquisas foram feitas nos Estados Unidos, Israel, Austrália e países da Europa e publicadas entre novembro de 2001 e janeiro de 2017. 

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Os resultados sugerem que uma visão otimista da vida está associada a um menor risco de doenças cardiovasculares, entre elas infarto e AVC, segundo os pesquisadores. As pesquisas também mostram que o pessimismo, por outro lado, aumenta o risco desses problemas.

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Os cientistas que realizaram a compilação ressaltam que o otimismo e o pessimismo são mentalidades modificáveis, portanto alvos relevantes para a intervenção clínica.

Otimismo também prolonga a vida

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Um estudo da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, publicado recentemente na revista Proceedings of National Academy of Sciences, também revelou que pessoas otimistas tendem a ter a vida mais longa.

A pesquisa constatou que os participantes com os níveis mais altos de otimismo apresentavam de 50% a 70% mais chance de viver até os 85 anos ou mais. Além disso, tiveram uma vida útil mais longa do que os menos otimistas.

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Participaram do estudo 69 mil profisssionais de saúde mulheres, entre 58 e 86 anos, e 1,4 mil homens, entre 41 e 90 anos, nos Estados Unidos, que foram acompanhados de 10 a 30 anos, respectivamente. Entre as questões apresentadas haviam perguntas para avaliar o nível de otimismo, além de questões sobre condições de saúde e hábitos de vida, como tabagismo e consumo de álcool.

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O estudo descreve o otimismo como "atributo psicológico caracterizado pela expectativa generalizada de que coisas boas vão acontecer ou a crença de que o futuro será favorável porque se pode controlar resultados importantes".

Estudos anteriores já haviam relatado que pessoas mais otimistas são menos propensas a sofrer doenças crônicas e morrerem prematuramente, mas esse levantamento é o primeiro a relacionar otimismo com longevidade, ressaltam os pesquisadores.

“Esse estudo tem grande relevância para a saúde pública porque sugere que o otimismo é um ativio psicossocial que tem o potencial de estender o tempo de vida”, afirmou ao The New York Times Lewina Lee, principal autora do estudo e professora-assistente de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston.

“Curiosamente, o otimismo pode ser modificável usando técnicas ou terapias relativamente simples”, acrescentou.

Os cientistas ainda observam que não está claro como o otimismo ajuda as pessoas a alcançar uma vida mais longa.

“Outras pesquisas sugerem que pessoas mais otimistas podem ser capazes de regular emoções e comportamentos, assim como se recuperar de fatores de estresse e dificuldades de maneira mais eficaz”, diz a Laura Kubzansky, coautora sênior do estudo da Universidade Harvard.

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Os pesquisadores também levaram em conta que pessoas mais otimistas tendem a ter hábitos mais saudáveis, com maior probabilidade de praticar exercícios físicos e menor de fumar. Essa característica pode estender a expectativa de vida.

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