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Testes com antiviral têm resultados promissores contra coronavírus

Cientistas dos EUA concluíram que droga reduziu danos nos pulmões e nas vias aéreas de camundongos; testes em humanos começam em breve

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Testes profiláticos também foram realizados
Testes profiláticos também foram realizados Testes profiláticos também foram realizados

Um antiviral oral de amplo espectro, já desenvolvido, apresentou resultados promissores em testes contra o novo coronavírus (SARS-CoV2), que provoca a doença covid-19. As conclusões estão em um estudo norte-americano publicado nesta segunda-feira (6) no periódico científico Science Translational Medicine.

O medicamento chamado EIDD-2801 pode mudar a maneira como os médicos tratam a covid-10, já que se mostrou capaz de reduzir danos causados pelo vírus nos pulmões e nas vias aéreas de ratos. Em breve, os ensaios clínicos serão feitos em humanos.

Os cientistas - da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, e da ONG DRIVE (Drug Innovation Ventures at Emory) - descobriram que, quando usado como profilático (antes da infecção), o EIDD-2801 pode prevenir lesões pulmonares graves em camundongos infectados. Esta é uma variação em comprimido de outro antiviral, o EIDD-1931 (aplicado por via endovenosa).

Quando administrado como tratamento 12 ou 24 horas após o início da infecção, o EIDD-2801 pode reduzir o grau de dano pulmonar e perda de peso em camundongos.

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Espera-se que essa janela de oportunidade seja mais longa em humanos, porque o período entre o início da doença por coronavírus e a morte é geralmente prolongado em humanos, em comparação com ratos, de acordo com o estudo.

O EIDD-2801 é semelhante ao remdesivir, uma droga antiviral desenvolvida contra o ebola, mas que tem sido testada em pacientes infectados pelo SARS-CoV2. Nenhuma das duas substâncias é usada no Brasil, nem mesmo para pesquisa.

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"Estamos impressionados com a capacidade do EIDD-1931 e do EIDD-2801 de inibir todos os coronavírus testados e com o potencial de tratamento oral da covid-19", disse a cientista Andrea Pruijssers, da Universidade Vanderbilt, uma das autoras do estudo.

Os ensaios clínicos do EIDD-2801 em humanos devem começar ainda no primeiro semestre deste ano. Se obtiverem sucesso, o medicamento pode ser usado não apenas para limitar a disseminação do SARS-CoV2, mas também para controlar futuros surtos de outros coronavírus emergentes.

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"Com três novos coronavírus humanos surgindo nos últimos 20 anos, é provável que continuemos a ver mais", disse o primeiro autor do estudo, Timothy Sheahan, professor de epidemiologia da Escola Gillings de Saúde Pública Global, ligada à Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.

"O EIDD-2801 promete não apenas tratar pacientes com covid-19 hoje, mas também tratar novos coronavírus que possam surgir no futuro", completou.

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