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Uso de só uma dose de vacina pode deixar vírus mais forte, diz estudo

Pesquisa avaliou riscos de aumentar tempo entre doses e concluiu que, para imunizantes com baixa eficácia, não é recomendável

Saúde|Do R7


Maior espaçamento entre aplicação de doses depende de eficácia da vacina
Maior espaçamento entre aplicação de doses depende de eficácia da vacina

A aplicação de apenas uma dose de vacina contra a covid-19 pode deixar o vírus mais resistente e facilitar o aparecimento de outras variantes do SARS-CoV-2 se o imunizante não tiver alta eficácia já na primeira dose, diz um estudo da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e publicado nesta semana na revista científica Science

A pesquisa avaliou os imunizantes Oxford, Moderna e Pfizer e foi desenvolvida usando como base uma cidade europeia ou norte-americana, em janeiro de 2021, com alta possibilidade de transmissão. A conclusão foi que os regimes de dosagem da vacina dependem da eficácia da imunidade conferida por uma única dose.

A distribuição de doses únicas em lugares onde a infecção está crescendo rapidamente tem benefício a curto prazo para diminuir a propagação da covid-19. Mas, para atingir sucesso a longo prazo, a segunda dose pode ser dada após um período maior do que indicado pelas farmacêuticas, desde que o imunizante tenha boa eficácia na dose única.

Já se a vacina não atingir alto índice de imunidade, a decisão de espaçar a segunda dose não é recomendável. Em um primeiro momento, os números de propagação do SARS-CoV-2 podem cair, mas a carga de infecção tende a crescer ao longo do tempo. Além de ajudar na evolução do vírus e no surgimento de novas variantes. Com isso, a única forma de diminuir o problema é aplicando o imunizante de reforço em um período mais curto, como está sendo feito na maioria dos países.

Os pesquisadores mostram que o alto número de casos de covid-19 revela a necessidade rápida da vacinação em massa. Para definir o regime de doses dos imunizantes, é fundamental determinar a força e a duração da proteção clínica e da imunidade de bloqueio da transmissão por meio de avaliações cuidadosas, com o objetivo de criar políticas públicas sólidas.

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