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Butantan descobre nove espécies de aranhas venenosas

Pesquisa identificou todas as aranhas presentes na América do Sul

Tecnologia e Ciência|Tiago Alcantara, do R7

Instituto Butantan identificou novas espécies de aranha em estudo internacional
Instituto Butantan identificou novas espécies de aranha em estudo internacional Instituto Butantan identificou novas espécies de aranha em estudo internacional

Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram nove novas espécies de aranhas e detectaram seis espécies com mais de um nome registrado em um estudo divulgado recentemente.

O projeto especial de classificação de aranhas da América do Sul, que teve seis anos de duração, foi realizado por pesquisadores do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas, liderados por Antonio Brescovit.

Com o trabalho da equipe, todas as 21 espécies existentes na América do Sul foram revistas e descritas em detalhes, eliminando duplicidades e revelando novas características.

A denominação correta dos animais ajuda no trabalho de investigação de venenos, para os quais os soros devem ser específicos para serem eficientes. Esse trabalho também permitiu identificar animais até então desconhecidos no mundo, enviados ao Instituto Butantan por museus internacionais – de Nova York, Califórnia, Cambridge, Buenos Aires, Santiago do Chile e Paris, explica Brescovit.

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— Até hoje, não se sabia nem se os animais encontrados eram de uma mesma espécie ou não.

As nove espécies descobertas são do gênero Sicarius, conhecidas como “aranhas da areia”. Elas são peçonhentas e têm uma distribuição muito maior do que se pensava inicialmente. Presentes na região da caatinga brasileira, esses mesmos animais conseguem sobreviver à neve chilena.

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Técnicas avançadas

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O trabalho de identificação de novas espécies de aranhas é extremamente sofisticado, de acordo com o Instituto. O que dificulta o trabalho é o fato de que fêmeas e machos da mesma espécie podem ser completamente diferentes.

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Esse trabalho é feito a partir das fêmeas, que têm complexos órgãos reprodutores. Os pesquisadores utilizam um conjunto de equipamentos, como microscópio eletrônico, ultrassom e lupa com fotografia, para estabelecer os parâmetros-chave de cada animal.

O projeto, que termina este ano, teve início em 2011 e foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Além dos animais recebidos de todo o mundo, os pesquisadores fizeram um vasto trabalho de coleta em viagens pelo Chile, Peru, Argentina e diversas regiões do Brasil.

O Instituto Butantan aponta que já foram geradas 28 publicações, oito trabalhos estão em processo de publicação e seis em preparação por conta da descoberta.

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