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Campeão de Counter Strike conta sua trajetória para viver de games

O brasileiro Gabriel Toledo é um dos principais nomes nacionais no e-Sports e aposta no empreendedorismo para continuar vivendo de seu maior sonho

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Gabriel Toledo ao lado da mãe, no palco da BGS Summit
Gabriel Toledo ao lado da mãe, no palco da BGS Summit Gabriel Toledo ao lado da mãe, no palco da BGS Summit

O jogador profissional de Counter Strike, Gabriel Toledo é uma referência entre os atletas de e-Sports no país. Durante o BGS Summit, pré-evento da maior feira de game da América Latina, a Brasil Game Show, o brasileiro foi um dos convidados para compartilhar os desafios de viver de games e de ser um empreendedor.

Toledo se dedicou durante oito anos ao jogo até ter a ideia de criar algo para começar a ganhar dinheiro com a sua maior habilidade. O atleta lembra que foi dificil conseguir viver do que sempre sonhou: “Eu espero que o caminho para ser gamer não seja igual ao meu", afirma.

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O primeiro projeto para tentar viver de games foi em 2011, quando decidiu dar aulas pela internet de como jogar Counter Strike. Assim que anunciou as vagas do curso em suas redes sociais, conseguiu 30 alunos que pagaram R$ 60 por uma hora de aula por semana.

“Logo na terceira aula eu percebi que o formato estava errado. As dúvidas e as dificuldades eram as mesmas e decidi juntar todo mundo. Em poucos meses cheguei a 120 alunos’, explica Gabriel Toledo, atleta da equipe profissional de Counter Strike MIBR.

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Foi assim que surgiu a Games Academy com o objetivo de ensinar técnicas e estratégias para fãs do game. Naquele período, o jogo estava em queda de popularidade no mundo todo e o Brasil estava se consolidando como o principal mercado.

Somente em 2013, quando foi lançada uma atualização do jogo, o número de pessoas interessadas em jogar aumentou e os interessados em aprender também. Foi assim que a Games Academy chegou a cerca de 4 mil alunos e Toledo dedicava cinco dias por semana às aulas.

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“É muito difícil empreender no Brasil e ainda mais nessa área. Não tinha ninguém para ajudar ou para usar como modelo. Eu escutava a opinião da minha família e dos meus amigos”, explica Toledo.

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Com bons resultados em competições fora do país e um convite para fazer parte de uma equipe dos EUA, a plataforma de jogos foi transferida para dois sócios e passou a fazer parte da Gamers Club. Com mais estrutura, a empreitada ultrapassou os 600 mil inscritos.

“Foi um projeto que foi criado para ajudar a me manter, mas mudou a minha vida e a de todos os que gostam de jogar Counter Strike”, diz Toledo.

Outros projetos

No início da carreira de gamer, Toledo tinha dificuldade para comprar produtos próprios para jogar. Os acessórios e equipamentos de empresas conhecidas precisavam ser importados e os custos eram alto. Ele aproveitou seu conhecimento técnico para abrir uma loja especializada para o público gamer. A partir dessa iniciativa, surgiu também a ideia de cria a própria marca de produtos.

“A carreira de um gamer não dura muitos anos. Eu precisava pensar no futuro e comecei a vender produtos para os alunos. A loja foi criada no meu quarto, depois foi para uma casa e hoje temos um galpão com 15 funcionários”, lembra Toledo.

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Quem administra a carreira e as empresas da Gabriel Toledo é sua Mãe Kenia Toledo. Ela brinca que o filho é 95% gamer e apenas 5% empresário, mas não achava que a brincadeira fosse virar uma profissão.

“No começo, eu achei que ele iria viajar, aprimorar o inglês e depois voltar para a faculdade. Eu sempre cobrei muito que ele estudasse, mas o mercado de tecnologia é muito rápido”, afirma Kenia.

Conselhos de um campeão

Toledo fala do início da carreira de gamer com um certo bom humor. Ele lembra que já foi para campeonatos só com a passagem de ida e dependia de uma boa colocação para voltar para casa no interior de São Paulo. As despesas da sua primeira participação em uma Major, importante competição de e-Sports, foi paga por uma vaquinha na internet que levantou R$ 30 mil e levou o time todo para a Polônia.

“Hoje o caminho é menos complicado, porque é possível entrar em um time médio e já receber algum dinheiro para jogar. Também é mais fácil conseguir patrocínio para competições fora do Brasil”, diz o atleta brasileiro.

O gamer aconselha quem quer ser um jogador profissional: “escolha um jogo que goste muito e que tenha mais facilidade” e complementa “tem que lembrar que, assim como não é todo mundo consegue jogar futebol profissionalmente, também não é todo mundo que vai ser um gamer e viver disso.”

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