Defesa Civil faz vistoria para avaliar risco do Museu Nacional desabar
Incêndio começou na noite deste domingo (2). Rescaldo, feito pelo Corpo de Bombeiros, terminou por volta das 10h30
Tecnologia e Ciência|Juliana Moraes, do R7, e Lucas Ferreira*, do R7, no Rio de Janeiro
A Defesa Civil do Rio de Janeiro fez uma inspeção no Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído por um incêndio de grandes proporções, na manhã desta segunda-feira (3), para avaliar o risco de desabamento do prédio.
O órgão deverá dar mais detalhes sobre a vistoria no início da tarde.
O repórter da RecordTV Rael Policarpo, que está em frente ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, informou que o rescaldo, feito pelos Bombeiros, terminou por volta de 10h30. O incêndio, por sua vez, foi controlado por volta das 3h30 desta segunda e não conta com vítimas.
Dentro de instantes, funcionários do Museu e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) vão entrar no museu para ver se encontram materiais que podem ser restaurados ou não foram atingidos pelas chamas.
A investigação das causas do incêndio será responsabilidade da PF (Polícia Federal), mas policiais civis do Rio de Janeiro já estão no local e vão ajudar na perícia.
Em 2015, um projeto destinou ao Museu Nacional do Rio de Janeiro um aporte de R$ 27 milhões para a revitalização. O dinheiro foi liberado neste ano, mas não houve tempo hábil para o investimento — o conserto dos hidrantes, que não funcionaram, estava previsto na reforma.
O incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na noite do último domingo (2), não foi o primeiro a atingir a cultura brasileira. Na manhã desta segunda-feira (3), os bombeiros ainda trabalham no rescaldo e o fogo não deixou vítimas — aind...
O incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na noite do último domingo (2), não foi o primeiro a atingir a cultura brasileira. Na manhã desta segunda-feira (3), os bombeiros ainda trabalham no rescaldo e o fogo não deixou vítimas — ainda não se sabe sobre os danos e perdas. Relembre a seguir alguns incêndios que assolaram a cultura brasileira
Sobre o museu
Localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, o museu pegou fogo na noite deste domingo (2) e estava fechado para visitação no momento em que o incêndio começou.
O prédio histórico de dois séculos foi residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira e tem um dos acervos mais importantes do país — são cerca de 20 milhões de peças sobre geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia.
No local, estava a maior coleção de múmias egípcias das Américas, havia ainda esqueletos de dinossauros e várias peças de arte.
O prédio tem três andares e é ligado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Pela análise preliminar dos bombeiros, o fogo atingiu a maior parte do edifício – duas áreas em que estão coleções e exposições, além da parte administrativa. Mas um setor teria sido preservado. O teto de algumas das áreas de exposição desabou.
O Museu Nacional foi fundado em 1818 por Dom João VI e era a instituição científica mais antiga do país. O acervo começava do lado de fora com o palácio que foi a residência da família imperial brasileira. O local também foi usado em momentos histórico...
O Museu Nacional foi fundado em 1818 por Dom João VI e era a instituição científica mais antiga do país. O acervo começava do lado de fora com o palácio que foi a residência da família imperial brasileira. O local também foi usado em momentos históricos do país como a assinatura da independência e a primeira assembleia constituinte da república.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Raphael Hakime