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Mark Zuckerberg é convocado a depor no Parlamento britânico

CEO do Facebook terá de dar esclarecimento sobre o vazamento de dados dos usuários e do uso dessas informações para manipular a opinião pública

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

CEO da rede social terá de esclarecer como os dados de usuários foram obtidos sem autorização
CEO da rede social terá de esclarecer como os dados de usuários foram obtidos sem autorização CEO da rede social terá de esclarecer como os dados de usuários foram obtidos sem autorização

O CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi convocado pelo Parlamento britânico para esclarecer o vazamento de dados de 50 milhões de usuários da rede social.

Zuckerberg terá que explicar como os dados dos usuários são obtidos pelas empresas e como ocorreu a obtenção dessas informações sem autorização. 

O presidente da comissão parlamentar de cultura, mídia e esportes, Damian Collins, publicou no Twitter a carta enviada a Zuckerberg. Collins ressalta que o assunto “é de extremo interesse público”.

O ex-gerente de operações da empresa Sandy Parakilas também será ouvido pela comissão. Segundo Parakilas, a rede social não teria nenhum controle sobre as informações que terceiros acessam.

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No sábado (17) o jornal norte-americano New York Times e o britânico The Guardian publicaram uma reportagem expondo o uso da rede social para roubar informações privadas e influenciar a opinião pública.

A Cambridge Analytica era a responsável pelo esquema e atuou na campanha do presidente Donald Trump e no plebiscito do Brexit. A consultoria usou o aplicativo chamado thisisyourdigitallife para obter os dados pessoais de usuários do Facebook.

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Robert Mercer, um bilionário norte-americano próximo do partido republicando, e Steven Bannon, o estrategista da campanha presidencial de Trump, teriam ligações com essa empresa.

Cerca de 270 mil pessoas aceitaram os termos e possibilitaram a coleta de informações de mais de 50 milhões de usuários. O Facebook diz ter sido informado que os dados seriam usados em um estudo de uma universidade.

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Em resposta, a Cambridge Analytica foi expulsa da plataforma por violação dos termos de uso. Também foi contratada uma auditoria para investigar o caso

Desdobramento do escândalo

O Chanel 4, da TV britânica, conseguiu filmar com uma câmera escondida o diretor-executivo da consultoria, Alexander Nix, oferecendo o serviço de influenciar eleições. Além de explicar os métodos utilizados, Nix deu exemplos de resultados bem-sucedidos. Entres os casos apresentados estava as eleições de 2003 e 2017 no Quênia, as duas vencidas pelo presidente Uhuru Kenyatta

Após a publicação do conteúdo da conversa, foi emitido um mandado de busca e apreensão para que o escritório da Cambridge Analytica fosse vasculhado.

Queda na bolsa

Os investidores ficaram desconfiados com a falha na proteção na dos dados disponibilizados para a rede social. Isso fez o Facebook perder US$ 36 bilhões de seu valor de mercado. As ações da empresa caíram 6,34% só na segunda-feira (19), a maior queda em seis anos. Durante o dia, as perdas chegaram ao patamar de US$ 40 bilhões, mas até o fechamento da Nasdaq houve uma pequena recuperação. 

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