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Nossa galáxia é torta e o motivo pode ser uma colisão no futuro

Projeto Gaia, da Agência Espacial Europeia, realizou pesquisa única capaz de medir mudanças e movimentos no espaço com muita precisão

Tecnologia e Ciência|Guilherme Carrara, do R7*

Movimento em "S" é fruto de atração gravitacional
Movimento em "S" é fruto de atração gravitacional Movimento em "S" é fruto de atração gravitacional

Pesquisas da década de 50 já apontavam que a Via Láctea, galáxia onde fica o Sistema Solar, é um tanto torcida nas pontas, como se fizesse um movimento de uma letra “S”.

Desde então, diversas teorias surgiram para tentar entender o fenômeno, mas sem sucesso. Uma nova pesquisa encontrou dados que podem solucionar essa questão.

O projeto Gaia, realizado pela ESA, Agência Espacial Europeia, desenvolveu uma pesquisa única capaz de medir as mudanças e os movimentos no espaço com uma precisão enorme.

Através de uma “varredura espacial”, eles confirmaram que a envergadura da galáxia está em movimento e isso pode indicar uma possível colisão em andamento.

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Movimento no universo é comum, visto que os astros entram em órbita pela falta de atrito ou outras forças, mas os dados apontam que a galáxia está rodando em uma velocidade muito maior do que o campo magnético permite ou outros astros.

A resposta plausível para isso seria uma fonte externa de energia, algo muito maior e mais poderoso, como outra galáxia em rota de colisão.

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“Medimos a velocidade da urdidura comparando os dados com nossos modelos. Com base na velocidade obtida, a urdidura completaria uma rotação em torno do centro da Via Láctea em 600 a 700 milhões de anos ”, diz Eloisa Poggio, do Observatório Astrofísico de Turim, na Itália, principal autora do estudo, publicada na Nature. "Isso é muito mais rápido do que o esperado, com base em previsões de outros modelos, como aqueles que observam os efeitos do halo não esférico".

Colisão e atração dos astros

Objetos com massa possuem campos gravitacionais. Quanto maior a massa, maior é a influência causada em outros objetos. No espaço isso é uma máxima presente e faz com que astros menores, como a Lua, entrem na órbita da Terra, ou a Terra, entre na órbita do Sol e assim por diante.

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Portanto, essa torção na galáxia pode ser furto da atração gravitacional de uma outra maior, que, segundo aponta os dados da Gaia, pode estar em rota de colisão. 

O estudo publicado não dá nomes à possível galáxia, mas, em 2012, a Nasa, agência espacial norte-americana, anunciou que uma colisão frontal com Andrômeda, uma galáxia vizinha, pode acontecer em 4 bilhões de anos. 

Projeto Gaia

Lançada em 2013, a sonda já originou mais de 1700 artigos científicos
Lançada em 2013, a sonda já originou mais de 1700 artigos científicos Lançada em 2013, a sonda já originou mais de 1700 artigos científicos

O satélite Gaia pode criar modelos em 3D do Universo, e, baseado em dados e análises de movimento, calcular as velocidades e locais de milhares de astros. Essa tecnologia permite analisar como o nosso universo foi formado e para qual direção caminha.

“É como ter um carro e medir a velocidade e direção de uma pequena viagem, e então, baseado nesses dados predizer todas as rotas que fez no passado e fará no futuro”, diz Ronald Drimmel , astrônomo pesquisador do Observatório Astrofísico de Turim e coautor do artigo.

*Estagiário R7, sob supervisão de Pablo Marques

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